O DEM vai apresentar nesta segunda um requerimento pedindo a presença na Câmara do policial militar João Dias Ferreira e do motorista Célio Soares Pereira. Eles acusaram, em entrevista à revista Veja, o ministro do Esporte, Orlando Silva, de ter recebido dinheiro de propina na garagem do ministério. Os recursos seriam desviados do programa Segundo Tempo, carro-chefe da pasta.
Orlando Silva deverá ser ouvido ainda nesta semana pelas comissões de Fiscalização Financeira e Controle e Turismo e Desporto, a pedido da base do governo. Para o líder do DEM, ACM Neto (BA), o caso não pode ser encerrado apenas com as declarações do ministro.
João Dias comanda uma associação de kung fu e preside a federação brasiliense da modalidade. Acusado de fraudes em convênios com o ministério do Esporte, ele chegou a ser preso no ano passado. Agora, acusa Orlando Silva de ser o mentor do esquema de desvio de recursos.
Segundo ele, haveria cobrança de 20% de propina nos convênios firmados no âmbito do Segundo Tempo. O motorista Célio Soares Pereira, funcionário de João Dias em uma academia, contou ter entregue uma caixa de papelão com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério.
Além dos depoimentos na Câmara, a oposição quer uma investigação do Ministério Público. O PPS vai protocolar uma representação na Procuradoria-Geral da República pedindo a investigação das denúncias. O ministro Orlando Silva também se adiantou e já pediu apuração da Polícia Federal.
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