Brasília - Dizendo-se vítima do "crime organizado" e da "covardia política", Romeu Tuma Jr. foi demitido ontem da Secretaria Nacional de Justiça após voltar dos 30 dias de férias que tirou. Ele é acusado de envolvimento com o chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li, preso por contrabando.
Em nota, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que, fora do cargo, Tuma Jr. "poderá melhor promover sua defesa" ele é investigado pela Polícia Federal.
"Estou amargurado porque sou secretário nacional de Justiça e estou sendo vítima de uma monstruosa injustiça", disse Tuma Jr. "Estou sendo vítima do crime organizado, da mesma máfia que combato há 30 anos", disse o policial: "Estou incomodando muita gente".
Disse não ter dúvidas de que há "componentes políticos" na sua saída para atingir seu pai, o senador Romeu Tuma (PTB), e ele próprio.
A colegas da pasta, Tuma Jr. citou o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, como um dos responsáveis por sua queda. Segundo apurou a reportagem, ele culpou Corrêa pela "fritura" de que foi vítima, pelo fato de a polícia ter demorado oito meses para decidir se ele seria investigado. Corrêa não se manifestou.
Acusações
No dia 11 de maio, Tuma Jr. se licenciou do cargo, sob a justificativa de férias oficiais, para se defender das acusações de envolvimento com a máfia chinesa. Ele foi flagrado em interceptações judiciais tratando da compra de celular e videogame.
Ele é suspeito ainda de ajudar o chinês Paulo Li, seu amigo, a regularizar a situação de chineses no país sua área no Ministério da Justiça é a responsável pelo assunto.
Investigado pela PF, Li está preso desde setembro de 2009 sob acusação de trazer ilegalmente celulares da China. À mesma época, surgiram indícios de envolvimento no caso de Tuma Jr.
Só no mês passado foi aberto um inquérito específico contra o policial, que nega todas as acusações. À reportagem ele disse que o próprio Luiz Paulo Barreto considerou não haver nada contra ele.
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