O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, en­­caminhou ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito para investigar a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). O relator do inquérito será o ministro Joaquim Barbosa, o mesmo que é responsável pela investigação do mensalão no governo federal. O caso foi encaminhado ao Supremo porque Jaqueline, na condição de deputada federal, tem direito a foro privilegiado.

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O inquérito envolvendo a filha do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz já está presente no site do STF, informando que serão investigados "crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral/peculato". A autuação tem 12 folhas de documentação.

Jaqueline Roriz foi flagrada em gravação de vídeo recebendo dinheiro do esquema de corrupção do governo do Distrito Federal. O vídeo mostra Jaqueline e o marido, Manoel Neto, recebendo um maço de dinheiro das mãos de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo do DF e delator do esquema de corrupção na capital federal conhecido como mensalão do DEM.

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Corregedoria

O PSol protocolou ontem um pedido para que a Corre­­ge­­­doria da Câmara investigue a conduta da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF). Além da investigação na Corregedoria, o PSol já anunciou que entrará com uma representação no Conselho de Ética da Casa pedindo a abertura de um processo de cassação contra a parlamentar.

Pelo trâmite regimental, o pedido do partido será encaminhado ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Ele analisará se o documento está dentro das regras regimentais antes de o encaminhar ao corregedor, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). Com o caso chegando à Corregedoria, uma investigação preliminar será feita e a Mesa Diretora decidirá se encaminha ou não um pedido de abertura de processo contra a deputada no Conselho de Ética.