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O anúncio de que foi o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, quem encaminhou à Polícia Federal (PF) uma denúncia apócrifa de corrupção contra políticos do PSDB, em obras do metrô de São Paulo, abriu uma crise entre oposição e governo. Ainda mais depois de o ministro admitir que o material chegou a ele pelas mãos do deputado estadual paulista Simão Pedro (PT), que está licenciado e é atualmente secretário de Serviços da prefeitura de São Paulo.

O senador e pré-candidato do PSDB a presidente, Aécio Neves (MG), e o líder tucano na Câmara, Carlos Sampaio (SP), reagiram. Aécio cobrou explicações, e Sampaio disse que a "trama" foi urdida na mesma semana de prisão dos mensaleiros, com o fim de desviar o foco do PT. "Isso é extremamente grave. O ministro (da Justiça) precisa esclarecer de forma clara qual foi sua participação nesse processo, já que ele é o comandante da própria Polícia Federal", questionou Aécio.

Cardozo disse que cumpriu seu dever, ao submeter à polícia documentos que recebeu de Simão Pedro. Ele negou agir para prejudicar os tucanos. "Não é porque alguém é meu aliado ou adversário que deva ter tratamento diferente. As denúncias que recebo encaminho à Polícia Federal porque é meu dever", disse.

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