Junto com Fernando Collor (à esq.), Renan Calheiros sorri após sua eleição para a presidência do Senado| Foto: Reuters/Ueslei Marcelino

Internautas preferiam Taques

O senador Pedro Taques (PDT-MT) foi eleito pelos internautas como o melhor nome para assumir a presidência do Senado.

Em enquete no Facebook, o jornal O Estado de S.Paulo perguntou aos leitores em quem votariam se fossem senadores. Taques ficou em 1º lugar (41%). Randolfe Rodrigues (PSOL), que retirou na quinta-feira a candidatura, em 2º (29%). Renan ficou em último na internet (3% dos votos). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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O senador de Alagoas concedeu entrevista para falar de sua candidatura, confirmada na quinta-feira
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Mesmo sob denúncias de corrupção, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) confirmou o favoritismo e venceu, nesta sexta-feira (1º), a eleição para a presidência do Senado Federal. Ele recebeu 56 votos, contra 18 do concorrente Pedro Taques (PDT-MT). Houve dois votos nulos e dois votos em branco. O site da Gazeta do Povo mostrou ao vivo a votação, por meio de um canal de transmissão da TV Senado disponibilizado na internet.

A eleição aconteceu no mesmo dia em que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que acusou Renan, na denúncia feita ao Supremo Tribunal Federal (STF), de cometer três crimes: peculato, falsidade ideológica e utilização de documentos falsos. Leia mais sobre a denúncia.

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● Senadores defendem Renan Calheiros de acusações

Houve 78 votantes, entre os 81 senadores. Os três senadores do Paraná - Alvaro Dias (PSDB), Roberto Requião (PMDB) e Sérgio Souza (PMDB) - compareceram à sessão e registraram seus votos, que são secretos. Na quinta-feira (31), a Gazeta do Povo os entrevistou a respeito da decisão de cada um.

Ao apresentar a candidatura aos colegas, Calheiros falou em ética e prometeu uma gestão transparência à frente da Casa. "A ética é obrigação de todos nós. É dever desse Senado Federal", disse.

Ele prometeu, ao fazer uma relação de quatro eixos prioritários para a Casa, criar uma secretaria da transparência, para dar transparência à nova gestão. O futuro presidente também afirmou que irá realizar reformas administrativas para extinguir órgãos e cortar custos.

Antes da votação, um fato chamou a atenção de todos os presentes no Plenário: o atual presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP), chorou ao fazer um longo balanço de sua gestão à frente do Senado. Ele foi as lágrimas ao dizer que dedicou toda a sua trajetória à vida pública. "Minha palavra final é de gratidão", disse.

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Procurador confirma que acusou Renan por três crimes

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, confirmou nesta sexta-feira (1º) que o senador Renan Calheiros (PMDB-AP) é acusado de ter praticado os crimes de peculato, falsidade ideológica e utilização de documentos falsos.

Segundo Gurgel, o senador apresentou notas frias para justificar gastos de sua verba indenizatória, o que comprovaria o desvio dos recursos público e caracterizaria o crime de peculato, cuja pena varia de 2 a 12 anos de prisão.

"O peculato está relacionado à verba de representação, cuja utilização tem que ser comprovada e, no caso, foi comprovada com a utilização de notas frias. Então a apropriação [indevida] desses recursos ficou comprovada", disse Gurgel, ao sair do STF (Supremo Tribunal Federal), após participar da cerimônia de abertura do ano no Poder Judiciário.

Para que Renan passe a responder a processo, o STF ainda terá que analisar o conteúdo da denúncia e entender que existem indícios suficientes para a abertura da chamada ação penal.

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O caso está no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski e não tem prazo para ser analisada. Na manhã de hoje, Lewandowski disse que ainda não analisou o conteúdo das acusações, mas que o caso não terá um andamento prioritário.

"É um processo que será examinado normalmente, dentro do cronograma de exame dos processos que tenho dentro do meu gabinete", disse.

"É possível que existam certas providências a serem tomadas neste processo, alguns pedidos de diligências das partes envolvidas, seja do procurador-geral ou da parte contrária", completou o ministro, sem dar detalhes sobre tais providências.

O conteúdo da denúncia foi revelado pelo site da revista "Época". Nela, o procurador diz: "Em síntese, apurou-se que Renan Calheiros não possuía recursos disponíveis para custear os pagamentos feitos a Mônica Veloso no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2006, e que inseriu e fez inserir em documentos públicos e particulares informações diversas das que deveriam ser escritas sobre seus ganhos com atividade rural, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, sua capacidade financeira". Voltar

Senadores defendem Renan Calheiros de acusações

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Vários senadores defenderam Renan Calheiros (PMDB-AL), após ele ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República. O peemedebista Lobão Filho (MA) foi contundente. Segundo ele, no Senado "não há nenhuma vestal". Ele acrescentou que "a última que teve, foi desossada pela imprensa, no caso o senador Demóstenes Torres", a seu ver injustamente.

Fernando Collor (PTB-AL) foi direto nas críticas a Gurgel. Segundo ele, o procurador "não tem autoridade para apresentar denúncias", especialmente contra os senadores que têm a prerrogativa de foro.

Os líderes do PT, Wellington Dias (PI), e do PP, Francisco Dornelles (RJ), defenderam o respeito ao critério da proporcionalidade partidária que dá ao PMDB a prerrogativa de indicação do cargo. O petista ressaltou que a decisão foi tomada por unanimidade da bancada. Voltar