As denúncias do suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal passaram a envolver também a primeira-dama do governador, Flávia Peres Arruda. Em depoimento há 15 dias, Durval Barbosa, ex-secretário de governo que denunciou o esquema, disse que o governador José Roberto Arruda mandou repassar parte de propina arrecadada com empresas para uma ONG presidida por Flávia.
A direção da entidade divulgou nota em que diz que é absurda a informação de que teria recebido recursos indevidos, e afirma que vai entrar com ação judicial contra as "afirmações caluniosas".
Obras no DF
As denúncias de corrupção também podem atrapalhar os planos para a Copa de 2014. Brasília vai sediar parte dos jogos, e uma das obras previstas é a implantação de trens para ligar o aeroporto a uma das principais avenidas da cidade. Mas a Agência Francesa de Desenvolvimento, que financia parte do projeto, só vai liberar o empréstimo se não houver nenhum processo na Justiça contra os gestores investigados por corrupção. Por isso, os contratos terão que ser refeitos em nome do governo do Distrito Federal, que passaria a ser o gestor do negócio. O secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, confirmou o problema. "Diante da crise, é verdade que a agência pediu para dar uma revisada", disse.
E a Controladoria Geral da União (CGU) também pede revisão, mas em obras já realizadas. Na construção do metrô de Brasília foi identificado um superfaturamento de 125%. A CGU está fazendo um levantamento para checar os contratos dos últimos quatro anos.
"Vamos identificar se houve verba federal envolvida nos contratos onde há suspeita de crime e de fraude com aquelas determinadas empresas. Havendo isso, haverá o aprofundamento da auditoria de cada um desses contratos e consequências da lei", informou o ministro-chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hage.
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