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Integrantes da comissão de sindicância que investiga o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) classificaram o depoimento do parlamentar nesta quarta-feira (18) como "importante". O relator, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), afirmou que seu trabalho está na reta final. Moreira ganhou notoriedade por possuir um castelo de R$ 25 milhões e está sendo investigado por suspeita de uso irregular de verba indenizatória.

O depoimento durou cerca de três horas e meia e tem caráter sigiloso, como todo o processo. Moreira entrou em um gabinete ao lado da corregedoria e entrou na sala em que seria ouvido por um jardim de inverno com cerca de dois metros de largura desviando das plantas que decoram o local. Na saída, Moreira usou a porta da frente e não disse nenhuma palavra sobre o depoimento.

O deputado é suspeito de irregularidades por ter usado em 2008 cerca de R$ 140 mil em recursos da verba indenizatória com gastos com segurança. Ele próprio, no entanto, é dono de empresas da área, que teriam cedido as notas. A investigação tenta verificar se o serviço foi prestado e se as empresas das notas fiscais apresentadas por Moreira estavam ativas.

Os integrantes da comissão não revelaram o conteúdo do depoimento, devido ao caráter sigiloso do processo. O presidente da comissão e corregedor da Casa, ACM Neto (DEM-BA), afirmou que o próximo passo é analisar documentos pedidos a órgãos externos. "Diria que o depoimento foi importante para a instrução do processo", se limitou a dizer o corregedor.

O relator foi na mesma linha e disse que começa a formar sua convicção. "O depoimento foi importante pela riqueza de fatos narrados e começo a formar a minha convicção". Ele destacou que além de decidir se pedirá ou não a abertura de processo contra o colega no Conselho de Ética, seu parecer apresentará novas normas para a utilização da verba indenizatória. As regras atuais não impedem que um parlamentar utilize os R$ 15 mil mensais a que tem direito na própria empresa.

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