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A Comissão Externa da Câmara Federal que investiga a suspeita de pagamento de propina na relação entre a empresa holandesa SBM Offshore e a Petrobras diz que o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal, cancelou o depoimento que daria aos deputados.

O depoimento ocorreria na próxima quinta-feira, na sede da Justiça Federal de Curitiba. O juiz federal responsável pelos autos da Lava Jato, Sérgio Moro, já havia autorizado os parlamentares a ouvirem in loco o ex-diretor da Petrobras, que está detido na carceragem da sede da Superintendência da PF em Curitiba.

O coordenador da comissão, deputado Mauricio Quintella (PR-AL), afirma que foi informado pela defesa de que o depoimento não iria acontecer. Segundo ele, advogados relataram nem ter consultado o acusado sobre o depoimento. A recusa teria partido da própria defesa.

Agora, a comissão pretende ouvir o Ministério Público Federal sobre a negociação envolvendo a SBM e solicitar à Justiça acesso total aos inquéritos da Lava Jato.

A SBM Offshore, que aluga plataformas para a estatal brasileira, admitiu na Holanda ter pago propina a funcionários públicos em contratos internacionais.

Contato

A reportagem buscou contato com os advogados de Costa, mas não conseguiu confirmar a informação de que o depoimento teria sido cancelado. A assessoria do advogado Fernando Fernandes afirmou que o cancelamento não foi pedido por ele. O advogado Nélio Machado não foi localizado.

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