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| Foto: MARCELLO CASAL JR/ABR

Depois de ter duas tentativas de nomeação para ministro da Justiça inviabilizadas, o criminalista Antônio Mariz de Oliveira pode assumir um cargo dentro da pasta, comandada pelo paranaense Osmar Serraglio (PMDB). Mariz de Oliveira chegou a ser cogitado para o cargo no início do mês passado, mas seu posicionamento sobre a Lava Jato acabou atrapalhando os planos do presidente Michel Temer (PMDB).

Agora, Mariz está sendo sondado para ocupar um cargo dentro do ministério, para auxiliar Serraglio em questões referentes à segurança pública. À frente da pasta, o paranaense terá pelo menos duas missões que não são sua especialidade: enfrentar a crise do sistema carcerário e ameaças de greve de policiais militares em diversos estados. Além disso, será o responsável por implantar o Plano Nacional de Segurança Pública.

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Segundo o assessor especial do presidente Temer, Rodrigo Rocha Loures, Mariz pode ser convidado para “reforçar” a equipe de Serraglio. “O presidente está imaginando trazer o doutor Mariz, que é especialista nessa área [de segurança pública]”, disse. “Ontem o presidente esteve com ele e hoje eles voltam a falar [sobre o assunto]”, completou Rocha Loures.

“Quero dar pitacos em temas de sistema penitenciário e Segurança Pública e estamos estudando uma forma de eu contribuir”, disse Mariz de Oliveira em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta sexta-feira (3). Mariz atua como advogado criminalista há quase 50 anos e é considerado um profissional “à moda antiga”, que impede os clientes de falar com a imprensa antes do julgamento e é contrário aos acordos de colaboração premiada.

Em abril do ano passado, Mariz de Oliveira já havia sido convidado para assumir a pasta no governo provisório do então vice-presidente Michel Temer (PMDB), mas acabou tendo o nome descartado depois de críticas à condução da força-tarefa e de sugerir que a Polícia Federal (PF) deveria ter outras prioridades além do combate à corrupção.

O criminalista ainda assinou um manifesto no ano passado contra a Lava Jato. Ele também defende réus da operação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Serraglio, por outro lado, nunca se apresentou publicamente como crítico à Lava Jato. O ministro chegou a defender o fim do sigilo das delações premiadas, mas ao ser nomeado por Temer disse que não promoverá nenhuma alteração na operação.

Outro nome

Caso a indicação de Mariz de Oliveira não se concretize, o presidente já teria em vista um “plano b”. Trata-se da ex-secretária de Justiça do Paraná Maria Tereza Uile Gomes. A paranaense foi eleita recentemente para atuar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pode ser convidada para fazer parte da equipe de Serraglio no Ministério da Justiça.

“É um nome de grande realce. O primeiro nome é do Mariz, mas ela também está sendo cotada”, diz Rocha Loures. “Ontem eu estive com o Serraglio em Brasília e falamos dela também”, conta o assessor de Temer.

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