
Ilustres colegas
Conheça os dez atuais conselheiros de administração do BNDES. Duas cadeiras ainda estão vagas
Fernando Pimentel (presidente do Conselho, ministro do Desenvolvimento)
Luciano Coutinho (vice-presidente do Conselho, presidente do BNDES)
Alessandro Teixeira (presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex)
Carlos Lupi (ministro do Trabalho)
Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira (presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro - Firjan)
Artur Henrique da Silva Santos (presidente da Central Única dos Trabalhadores)
Roberto Atila Amaral Vieira (vice-presidente do PSB)
Miriam Belchior (ministra do Planejamento)
Pedro Luiz Carneiro de Mendonça (embaixador do Brasil na África do Sul)
Orlando Pessuti (ex-governador do Paraná)
Após passar cinco meses sem nenhum cargo na administração pública, o ex-governador do Paraná Orlando Pessuti (PMDB) foi nomeado para o Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Governador entre abril e dezembro de 2010, depois que Roberto Requião (PMDB) renunciou ao governo para se candidatar ao Senado, Pessuti aguardava uma indicação para o governo desde janeiro.
O Conselho de Admistração é a esfera mais alta do BNDES. Composto por 12 membros, o órgão é responsável por monitorar a gestão do banco de fomento. Entre as principais funções dos conselheiros estão: examinar e aprovar as linhas gerais de administração do banco; aprovar e acompanhar a execução orçamentária da instituição; e opinar na política nacional de desenvolvimento. Os conselheiros se reúnem ordinariamente uma vez a cada trimestre e podem ser convocados para reuniões extraordinárias. O mandato dos conselheiros é de três anos, e o salário é de R$ 5.506,43 mensais.
Desde a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República, especulava-se que Pessuti seria indicado para algum cargo do governo federal. Isso porque o ex-governador, a pedido do então presidente Lula, desistiu de sua candidatura à reeleição para apoiar Osmar Dias (PDT), unindo os maiores partidos da base de apoio da candidatura de Dilma no Paraná o PT também fez parte dessa negociação.
No entanto, a nomeação esbarrava na forte oposição do senador Requião, com quem Pessuti rompeu no ano passado, pouco depois de assumir o governo do estado. "Com certeza, ele [Requião] trabalhou para que eu não fosse designado. As informações que chegam a nós é que ele continua trabalhando para que as coisas não aconteçam", comenta Pessuti.
Coincidência ou não, a indicação chega em um momento em que Requião afronta diretamente o governo federal, ao assinar requerimento de instalação de CPI para investigar o enriquecimento do ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci. A reportagem tentou entrar em contato com o senador, mas não conseguiu até o fechamento desta edição.
A nomeação de Pessuti coincide também com a indicação da senadora Gleisi Hoffmann (PT) para a chefia da Casa Civil. A posse de Gleisi também favorece o ex-governador, já que o suplente da petista no Senado, Sérgio Souza, é seu afilhado político. O novo senador da República é advogado de Pessuti e foi seu assessor parlamentar por dez anos. Além disso, é sócio de seu filho, Moisés Pessuti.
"Conheço o Sérgio Souza há 30 anos. Trata-se de um homem capaz e honrado, que deve engrandecer o Senado e o povo do Paraná", comentou Pessuti. Para o ex-governador, apesar de Souza não ter sido eleito diretamente, sua participação na campanha foi responsável por uma parcela considerável dos votos de Gleisi. "Ele não representou apenas a si próprio, ele representou o PMDB na aliança com o PT pela eleição de Gleisi ao Senado."
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