Cerca de R$ 32,4 milhões pertencentes a executivos e empresas investigadas na 7.ª fase da Operação Lava Jato foram depositados na segunda-feira em uma conta da Justiça Federal. As guias de depósitos judiciais foram juntadas ao processo que tramita na Justiça Federal de Curitiba.
O valor, porém, ainda é menor que o montante bloqueado pelo Banco Central (BC). Os relatórios do BC juntados nos autos discriminam um valor total de R$ 47 milhões bloqueados. Deste valor, R$ 39 milhões são dos executivos das empreiteiras investigadas e R$ 8 milhões são de empresas pertencentes ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque e ao lobista Fernando Baiano, apontado pelas investigações como o operador do PMDB no esquema.
Os executivos que tiveram maior valor depositado foram o vice-presidente da empreiteira Engevix, Gerson de Mello Almada, e o ex-diretor de Serviços da Petrobra, Renato Duque. Foram R$ 3,2 milhões e R$ 1,8 milhão que estavam em suas contas depositidos nas contas da Justiça, respectivamente. Os valores bloqueados na semana passada eram de R$ 22,6 milhões para Almada e de R$ 3,2 milhões para Duque.
O diretor da OAS, Agenor Franklin de Medeiros, que teve R$ 45,8 mil bloqueados pela Justiça, não teve nenhum valor depositado judicialmente. As empresas de Duque e Fernando Baiano já tiveram todo o valor bloqueado depositado na conta da Justiça: R$ 8,7 milhões. De acordo com a Justiça Federal, os depósitos devem continuar nos próximos dias, até que o valor total bloqueado seja depositado. O dinheiro deve permanecer na conta da Justiça Federal até que uma decisão sobre os valores obtidos ilicitamente pelos envolvidos seja tomada.
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