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A deputada Celina Leão (PSD), da Câmara Legislativa do Distrito Federal, afirmou ter gravado o depoimento de uma testemunha, Daniel Almeida Tavares, que teria pago propina a Agnelo Queiroz (PT), na época que o atual governador do Distrito Federal era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Daniel seria apresentado na manhã desta segunda-feira pela deputada, mas ele não compareceu. A testemunha teria ligado às 9h e combinado com Celina que concederia uma entrevista coletiva. Depois, afirmou que passou mal.

À deputada, Daniel teria contado que fez vários pagamentos para Agnelo na condição de repesentante da União Química, uma empresa da indústria farmacêutica. Na Anvisa, Agnelo era responsável por esse setor, para liberar licença de funcionamento de laboratórios. Celina apresentou o que seria um depósito de R$ 5 mil de Daniel para Agnelo, ocorrido em janeiro de 2008.

Agnelo teria recebido ainda R$ 45 mil de Daniel no subsolo da residência do petista, no local onde está a biblioteca. A parlamentar afirmou que o dinheiro seria para que Agnelo liberasse documentos para permitir o funcionamento da União Química e também a possibilitasse participar de uma licitação. Celina afirmou também ter ouvido de Daniel que não tinha certeza do montante supostamente repassado a Agnelo ao longo desses anos.

"O Daniel não tinha certeza. Era em entre R$ 200 mil a R$ 300 mil", disse Celina.

Advogados de Agnelo teriam recebido outros R$ 500 mil da empresa.

Daniel deixou a União Química e até recentemente trabalhava na Administração de Brasília. Mas deixou esse emprego. Segundo Celina, Daniel afirmou que vinha sofrendo ameaças. A parlamentar se prontificou a obter junto à polícia segurança para o delator.

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