A deputada Leandre dal Ponte (PV-PR) informou, pelo Facebook, que o senador Alvaro Dias havia confirmado sua saída do PSDB e se filiado ao partido. O senador, entretanto, diz que sua filiação ainda não foi confirmada. “Ainda não conversei com o PSDB. Antes de tudo, tenho que comunicar o partido, esta seria a postura ética”, diz. Sua saída do PSDB é dada como certa, nos bastidores, há pelo menos seis meses.
Na tarde desta quarta-feira (16), Leandre publicou no Facebook uma foto do senador com a direção do partido, dizendo que ele havia trocado o PSDB pelo PV. “Confirmada a vinda do Senador Álvaro Dias para o PV. Seja bem vindo Senador!”, diz a mensagem.
Segundo Dias, representantes do PV estiveram em seu gabinete na manhã desta quarta para conversar sobre as posições tomadas pelo partido, incluindo a questão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas sua filiação não foi formalizada. “Ainda não definimos nada ainda, mas as conversas estão caminhando bem”, diz. O senador diz, ainda, que deve esperar a formalização de uma “janela” para que parlamentares troquem de partido – matéria que tramita no Senado e pode ser promulgada no início do ano que vem.
A saída de Dias do PSDB já é dada como certa nos bastidores há cerca de seis meses. Ele criticou publicamente, em mais de uma ocasião, a divisão de poder dentro do PSDB – especialmente a concentração do poder decisório com os diretórios paulista e mineiro do partido. Em entrevista dada à Gazeta do Povo, em agosto, ele admitiu que sua permanência no partido causava um “desconforto” mútuo.
Desde 2010, ele estava, também, em rota de colisão com o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) – os dois disputaram a indicação do partido para o cargo de governador na eleição daquele ano. Em 2013, ele chegou a comparar a estratégia política do partido no Paraná a um “balcão de negócios”.
Dias está filiado ao PSDB desde 1994 – antes disso, foi membro do PMDB, partido no qual começou sua carreira política, e foi filiado aos hoje extintos PST e PP (não se trata do mesmo PP que existe hoje). Em 2001, ele foi expulso do partido por apoiar a criação de uma CPI para investigar irregularidades no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Após dois anos filiado ao PDT, ele voltou ao tucanato em 2003.
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