Um grupo de deputadas entregou ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta quarta-feira (10), uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP).
Elas cobram apuração, por parte do Conselho de Ética da Casa, do caso em que o deputado é acusado de assédio sexual pela jornalista Patrícia Lélis, 22 anos.
Patrícia, militante do PSC, diz ter sido convidada para uma reunião no apartamento do parlamentar. Lá, afirma a jornalista, recebeu a proposta de um cargo em troca de um relacionamento entre os dois. Patrícia diz que, frente a uma negativa de sua parte, Feliciano a agrediu. O deputado nega.
“As denúncias são muitas, são muito graves, são cinco crimes embutidos, e queremos que a Casa apure”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) após a entrega da representação, assinada por 22 parlamentares.
O documento será primeiro encaminhado à Corregedoria da Câmara, explica a deputada, para uma “sistematização de indícios”. Volta à Mesa, que pode então encaminhá-lo ao Conselho de Ética, diz.
Ressalvando que elas não faziam um “pré-julgamento” e que a iniciativa era apartidária, Feghali disse que “a omissão da Casa não é aceitável”.
“Temos denúncias de cinco crimes”, completou a deputada Érika Kokay (PT-DF): “Agressão sexual, agressão física, ameaça, tentativa de corrupção e cárcere privado”.
Feghali disse que a iniciativa não vai contra a fé do deputado. “Aqui não há uma questão religiosa. Não considero que os evangélicos concordem com qualquer omissão em relação a isso. Marco Feliciano é evangélico, mas aqui não há um problema religioso entre nós.”
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