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A Secretaria Geral da Mesa da Câmara recebeu nesta segunda-feira o pedido de renúncia do deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ). O suplente será Reinaldo Gripp (PL-RJ), que deve tomar posse assim que for publicada a renúncia. Carlos Rodrigues faz parte da lista de 18 parlamentares citados em relatório conjunto das CPIs dos Correios e do Mensalão que pede a cassação dos mandatos por quebra de decoro.

Com a renúncia, Carlos Rodrigues evita a perda de seus direitos políticos e poderá disputar novo cargo eletivo nas eleições do ano que vem. É o segundo deputado envolvido no escândalo a renunciar ao mandato. O primeiro foi Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

No documento em que pede a renúncia, de apenas dois parágrafos, o deputado Carlos Rodrigues não faz nenhuma referência aos motivos que o levaram à decisão, limitando-se a pedir a "imediata renúncia" ao mandato e a leitura do pedido no plenário e a devida publicação no Diário da Câmara, "tudo conforme determina o artigo 239 do regimento interno".

Rodrigues é acusado pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) de criar o esquema de pagamento de propinas na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e de exportá-lo, em seguida, para o Congresso Nacional. Segundo documentos obtidos pela CPI dos Correios, Rodrigues teria sido beneficiado com R$400 mil, de acordo com a lista do publicitário Marcos Valério.

Anteriormente conhecido como Bispo Rodrigues, foi afastado da Igreja Universal do Reino de Deus por Edir Macedo em fevereiro de 2004, devido a suspeitas de envolvimento no caso Waldomiro Diniz (ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, acusado de extorquir dinheiro de empresários para financiamento de campanha). Foi Rodrigues que indicou Waldomiro para a presidência da Loterj.

Rodrigues foi eleito pela primeira vez à Câmara em 1999, pelo PFL.

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