Para neutralizar a operação de salvamento da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), o relator do caso no Conselho de Ética, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), esteve nesta quinta-feira (14) no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar tornar mais ágil o recebimento das informações que constam do inquérito aberto na Corte para investigar a parlamentar. O relator do inquérito, Joaquim Barbosa, autorizou o compartilhamento das informações.
Sampaio disse que a primeira parte de seu relatório abordará especificamente se o Conselho de Ética pode ou não julgar uma parlamentar por fatos tidos como ilícitos que ocorreram antes do início do mandato. "A primeira parte é a mais difícil porque vamos analisar as decisões do STF em casos de deputados processados no mandato por prática de fatos em datas anteriores ao exercício do mandato. Temos decisões no Conselho de Ética nos dois sentidos, de que se pode julgar e de que não se pode", disse. "O importante é que tenhamos uma uniformização no Conselho, até para que haja uma segurança jurídica para a própria Casa", contou o deputado, que é integrante do Ministério Público", acrescentou.
Parlamentares do chamado baixo clero, de pouca expressão política, sustentam que o vídeo no qual Jaqueline aparece recebendo dinheiro do esquema de corrupção no Distrito Federal não pode servir de base para uma eventual cassação porque as imagens são de 2006, ou seja, anteriores à posse da parlamentar. O movimento para preservar o mandato de Jaqueline foi revelado hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo.
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