O deputado estadual Paulo Ramos (PSOL-RJ) cobrou hoje, em audiência pública, a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar denúncias relativas a prejuízos causados pelas empresas de Eike Batista.
Ramos diz que reuniu há cerca de um mês 25 assinaturas de deputados favoráveis às investigações, diante de "um grande golpe", diz.
"Já conseguimos apoio para que a CPI seja instalada, agora falta o presidente da Alerj [Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Melo, do PMDB) publicar o requerimento. Após isso, a CPI deve ser instalada em 48 horas", afirmou durante audiência pública sobre o tema.
Procurados, o presidente da Alerj e o grupo EBX, de Eike, ainda não se pronunciaram. Em outubro, a petroleira OGX, principal empresa do império X, entrou com um pedido de recuperação judicial, após ter fracassado nas negociações de suas dívidas.
Depois foi a vez da empresa de construção naval OSX fazer o pedido de recuperação judicial. Para se reerguer, Eike tem vendido participações nas suas empresas e ativos.
A audiência de hoje reuniu integrantes da Unax (União dos Acionistas Minoritários do Grupo EBX).
Na opinião de Ramos, há uma "força política que se reúne em torno de Eike". "Ou ele foi suficientemente inteligente para enganar até setores governamentais ou conseguiu a cumplicidade."Prejuízos
O advogado Adriano Mezzomo, presidente da Unax, afirma que o episódio trouxe prejuízo não apenas aos minoritários, mas ao Brasil. "A credibilidade da regulação do país foi afetada com esse episódio. É preciso estudar mudanças nas regras para evitar que outros casos como esse se repitam."
Para ele, os acionistas foram prejudicados uma vez que a divulgação de informações das empresas de Eike ao mercado não ocorreram de forma clara e transparente.
De acordo com o deputado, também foram convidados a participar representantes das empresas de Eike, o empresário, BNDES e CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
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