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O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) criticou a postura do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de não criar rapidamente uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as fraudes nas licitações para compra de ambulâncias superfaturadas por meio de emendas. Gabeira diz que o PV, PPS, e PSOL podem entrar no Supremo Tribunal Federal para garantir a instalação de uma CPI sobre a quadrilha desarticulada pela Polícia Federal e que aponta indícios de envolvimentos com parlamentares.

- Minha proposta não é só ir ao Supremo Tribunal Federal, é ir para a guerra. Vamos para guerra. Precisamos iniciar uma reação. Vamos entrar com mandado de segurança para instalação da CPI. Temos as assinaturas suficientes e fato determinado. O ato de entrar com recurso no Supremo é rotineiro. Todas as vezes que temos que um direito constitucional ferido. Vamos denunciar as forças que estão sentadas em cima de nosso pedido de CPI - criticou.

Gabeira chegou a levantar suspeitas sobre o envolvimento do próprio PMDB no esquema.

- Vamos mostrar que o PMDB, um partido extremamente envolvido em todo esse processo, foi quem indicou por meio do líder na Câmara a mulher que se infiltrou lá no Ministério da Saúde para fazer o trabalho - disse em referência à servidora presa e que é acusada de fraudar os processos para obter recursos públicos para emendas. - O PMDB está envolvido até a alma - afirmou.

O deputado citou uma proposta da senadora Heloísa Helena (Psol-AL).

- Se não podem fazer investigações por causa das eleições, então que se pare de pagar salários por causa das eleições - sugeriu.

Nesta terça-feira, o presidente do Senado indicou que pode não instalar a CPI.

- Uma CPI só tem sentido quando as coisas não são investigadas - disse antes de se encontrar com o procurador-geral da República, que acompanha as investigações.

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