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O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente (sem partido), um dos acusados de receber propina do esquema de corrupção conhecido como "Mensalão do DEM", disse há pouco que permanecerá no comando da Casa, apesar da pressão da oposição para que se afaste do cargo até que terminem as investigações. Em inquérito judicial instaurado a partir das investigações feitas pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, Prudente é acusado com outros nove deputados distritais de envolvimento no esquema, supostamente comandado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido).

"Os trabalhos vão continuar e vou permanecer no cargo, porque é um direito constitucional e porque eu tenho um dever a cumprir", afirmou Prudente, em entrevista, sem especificar a qual dever se referia. Prudente é o deputado flagrado em vídeo colocando nos bolsos e nas meias maços de dinheiro do suposto esquema de corrupção. Ele havia pedido afastamento da presidência da Câmara Legislativa por 60 dias, mas, menos de um mês depois, voltou ao cargo sem comunicar sua decisão à Mesa Diretora. O PT apresentou um requerimento ao plenário pedindo o afastamento de Prudente do comando do legislativo distrital.

De acordo com Prudente, porém, o único interessado na sua saída é o vice-presidente da Câmara, Cabo Patrício, do PT. Em resposta ao pedido do PT para que Prudente saia do cargo, onze deputados aliados ao presidente da Casa apresentaram também um requerimento pedindo o afastamento de Cabo Patrício da vice-presidência. Os governistas alegam que Patrício também é alvo de processo disciplinar no Conselho de Ética sob acusação de abuso de poder durante um incidente no trânsito.

Ambos os requerimentos, porém, só poderão ser analisados no próximo dia 2, quando as sessões plenárias serão reabertas. Por enquanto, apenas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a CPI da Corrupção estão em funcionamento na Câmara Legislativa.

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