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Após a cerimônia de posse, o governador interino Nelson Justus afirmou que seguirá a agenda de Orlando Pessuti "cumprindo tudo o que o governador se aqui estivesse faria", o que inclui a presença na Escola de Governo, reunião com os secretários estaduais para apresentar as ações do Estado, que ocorre às terças-feiras desde o início do mandato do ex-governador Roberto Requião.

"Pretendo dar prosseguimento ao trabalho de­­­senvolvido por Pessuti. Tenho uma agenda de entrega e vistoria de obras programada com antecedência. Também vou fazer a ‘es­­­colinha’ e visitar alguns municípios", afirmou.

Outro compromisso que estará na pauta do governador interino é a sanção do projeto de lei que autoriza a Assembleia Legislativa a indenizar servidores por perdas salariais de 11,98% decorrentes da mudança da moeda do país em 1994, que passou da Unidade Real de Valor (URV) para o real.

A proposta causou polêmica, pois não deixa clara a forma de controle desses pagamentos para evitar que funcionários fantasmas ou laranjas também sejam indenizados.

Justus afirmou que como governador receberá o projeto de lei após a última análise a ser feita pela Casa Civil e não vê motivos para não sancioná-lo. "O projeto foi aprovado de forma unânime no plenário. Segue a sinalização dos outros poderes que já concederam o reajuste, como o MP [Mi­­nistério Público] e Tribunal de Contas", disse.

OAB contesta

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), José Lucio Glomb, afirma acreditar que a sanção do projeto por Justus deve ser evitada em nome da ética na administração pública. "O parlamentar que exerce circunstancialmente a chefia do Executivo já participou do processo legislativo e se­­ria inconveniente que ele usasse a prerrogativa legal da sucessão como uma forma de oportunismo político. Mesmo porque é uma matéria que merece um exame mais apurado do governo", afirmou Glomb.

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