Revoltado com a derrubada da CPI das ONGs, o deputado Fábio Camargo (PTB), autor da proposta de criação da comissão, partiu para o ataque contra o presidente da Assembléia Legislativa, Nélson Justus (DEM). Para ele, Justus não poderia ter aceitado a retirada de assinaturas porque a CPI já havia sido aprovada pelo plenário. "O presidente foi fraco num momento em que deveria ser firme", disse.
A decisão tomada pelos líderes dos partidos com o aval de Nelson Justus foi criticada duramente pelo deputado. "O presidente se preocupa com picuinhas em vez da informatização da Casa e deveria fiscalizar o repasse de recursos para os gabinetes, que não são baixos. Nunca vi um lugar com tanto cargo comissionado e serviços terceirizados. A Assembléia é uma vergonha e tem que mudar de zero a 10", afirmou Fábio Camargo, se apresentando como o deputado que pretende "moralizar" o Legislativo. "Como não devo nada a ninguém vou levantar essa bandeira. Agora sou oposição a quem governa a Assembléia. Não vou participar da arruaça que é feita aqui." O presidente Nélson Justus preferiu não polemizar. Afirmou que não lhe faltam equilíbrio e bom senso, características que "podem faltar para outras pessoas".
Segundo Justus, o presidente tem de se colocar acima dos partidos políticos. E, segundo ele, a partir do momento em que todas as lideranças dos partidos decidiram por unanimidade retirar as assinaturas das CPIS, não houve o que fazer. "Não sou eu que vou questionar se deve ou não ter CPI. Jamais vou me furtar do que prevê o Regimento Interno, de que são necessárias 18 assinaturas. Sem elas, não posso instalar nenhuma CPI." (KC)
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