O deputado estadual Nereu Moura (PMDB) disse ontem estar sendo vítima de uma armação política que tem como alvo o partido e o governador Roberto Requião (PMDB). O parlamentar foi denunciado pelo Ministério Público Federal, juntamente com o ex-deputado estadual e ex-diretor da Cohapar, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) e outras três pessoas, porque teria desviado parte dos salários de sete funcionários quando ocupava a liderança do PMDB, entre os anos de 2000 e 2001.
Nereu Moura usou a tribuna da Assembléia Legislativa para rebater as acusações. Ele disse que nunca respondeu a qualquer tipo de processo judicial e que a "defesa intransigente" dos seus pontos de vista contraria muita gente. "Estou absolutamente em paz com a minha consciência. Nada fiz de modo errado e tenho certeza que esta armação política será facilmente destruída por força da verdade e da Justiça", afirmou.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, segundo ele, não tem consistência e em vez de um documento jurídico, tem conotação política com " o único intuito de criar constrangimento".
O deputado também argumentou que sua esposa, Dirlei Moura, que é funcionária do quadro de carreira da Assembléia desde 1986 e nomeada em seu gabinete, está sendo envolvida no caso injustamente. "Falaram que deixei de aprovar a emenda que proíbe o nepotismo no Paraná por interesses pessoais. Isso não tem fundamento porque ela é capacitada, é funcionária da Casa e nunca precisou de favores meus para ascender profissionalmente".
A mesma denúncia apresentada na semana passada pelo Ministério Público Federal já foi feita às vésperas da eleição em 2002 pelo MP Estadual, mas a Justiça do Paraná não acatou a denúncia. A Assembléia Legislativa, segundo ele, também abriu uma sindicância interna sobre o caso e foi arquivada. "Tenho certeza, convicção aboluta que isso tudo se encerrará o mais brevemente possível", disse.
A denúncia contra o deputado foi apresentada ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre, na última quarta-feira, e está nas mãos do desembargador federal Luiz Fernando Wowk Penteado.
Além de Nereu Moura e Luiz Cláudio Romanelli, foram acusados Paulo Gomes Júnior, chefe de gabinete da bancada do PMDB na época, Tani Lemos do Prado Colaço, esposa do ex-deputado estadual Antônio Toti Colaço Vaz, e Rosângela Chrispim Calixto, que atuava como jornalista da Assembléia. Em 2000, saíram da conta corrente do chefe de gabinete R$ 72.324,34 e em 2001, os saques foram de R$ 92.724,04. Parte dos salários, segundo o Ministério Público, teria sido devolvido ao deputado e a Romanelli.
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