O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça o deputado estadual Waldyr Pugliesi (PMDB) e o prefeito de Arapongas (Norte do Paraná), Beto Pugliese, por terem armado, em 1996, um esquema para prejudicar o então prefeito da cidade, José Aparecido Bisca (DEM), em sua campanha de reeleição.
O esquema consistia em usar depoimentos falsos de pessoas que afirmaram ter testemunhado diálogos entre o então prefeito e candidato à reeleição, Sérgio Bonato Kümmel (vice-prefeito), e a juíza eleitoral Oneide Negrão de Freitas. Nesses diálogos estaria sendo tramado um suposto esquema para fraudar a apuração de votos das eleições de 1996.
Mas, segundo o MP, tudo não passou de falso testemunho para prejudicar a reeleição de Bisca. Naquele ano, Bisca foi reeleito com 21.342 votos, contra 21.112 de Luiz Roberto Pugliese.
Além do atual prefeito e do deputado (tio de Beto Pugliese), outras dez pessoas que participaram da armação, segundo o MP, foram denunciadas à Justiça. O grupo é acusado pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e denunciação caluniosa.
O prefeito Beto Pugliese foi procurado ontem, mas não foi localizado. Segundo informações da prefeitura, ele estava cumprindo agenda de visitas a obras e a empresários em Arapongas. Até o início da noite ele não havia retornado as ligações da reportagem. Um assessor disse que o prefeito não havia sido notificado, mas que os supostos crimes já estariam prescritos.
O deputado estadual Waldyr Pugliesi ficou surpreso com a denúncia e disse que não fez qualquer acusação sobre fraudes na apuração da eleição municipal de 1996, não deu falso testemunho nem foi chamado a depor. Ele disse que, na época, apenas comentou que o resultado apertado estava sendo questionado pela população, que até saiu às ruas para protestar. "Mas não conheço e nunca conversei com as pessoas que fizeram declarações e depois disseram que eu teria participação nessas denúncias. Não sei nem porque eu fui colocado no meio disso", afirmou o deputado.
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