• Carregando...

A Assembléia Legislativa vai votar nos próximos dias a autorização para a abertura de uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal contra o governador Roberto Requião (PMDB). O processo por calúnia e difamação vai ser apresentado pelo Pastor Edson Praczyk (PL), mas depende de aprovação dos deputados estaduais para tramitar na Justiça porque o governador tem foro privilegiado. Requião acusou o deputado de ter pedido R$ 30 mil por mês para votar favorável a projetos de interesse do governo.

O presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB), garantiu ontem que o pedido deve ser colocado em votação a pedido do deputado. Praczyk espera que seja aprovado, apesar de a bancada governista ser maioria na Casa. "Ou o rolo compressorzinho do governo derruba ou terão coragem de deixar o processo ir adiante", disse. "Isso aqui é imprevisível".

A denúncia, feita há dois meses pelo governador, também está sendo investigada pela Comissão de Ética da Assembléia. Já foram ouvidos deputados e o secretário de Comunicação Social, Aírton Pisseti, que teria recebido o pedido.

O relator da comissão, Antônio Anibelli (PMDB), disse que ainda não tem em mãos os documentos e cópias dos depoimentos para analisar. A comissão se reúne hoje, às 11 horas, para discutir o que fazer. "Talvez receba hoje o material e seja aberto um prazo para a entrega do relatório final", informou.

A comissão suspendeu as atividades durante o recesso parlamentar. Para Antônio Anibelli, a investigação está em "banho-maria" porque os deputados são desobrigados de comparecer à Assembléia durante as férias de julho. "Além disso, nosso assunto é tão pequeno perto da corrupção no governo federal e no Congresso que nem tem muita importância", comparou. "Brasília virou a casa da mãe Joana".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]