O deputado federal Max Rosenmann (PMDB) informou ontem ao governador Roberto Requião (PMDB) que não aceita ser o novo secretário de Estado de Transportes. Segundo o parlamentar, o ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) Rogério Tizzot, que estava como interino no cargo, será efetivado na função. O deputado afirmou que Requião não quer mais especulações sobre a pasta e, por isso, decidiu pela permanência de Tizzot.

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"Analisei o convite, que me deixou honrado, e fiz a comunicação ao governador. O momento nacional é muito importante e acredito que posso ajudar o país", disse Rosenmann. "O governo federal não tem projetos. O país está parado. E vejo com preocupação esse corpo mole que está ocorrendo em Brasília por parte de muitos políticos. Sei que não serei eu o salvador da pátria, mas posso colaborar para obter melhorias", afirmou Rosenmann.

Segundo o parlamentar, muitos técnicos e especialistas dizem que o Brasil precisa crescer, mas não dizem o que é preciso para que isso ocorra. "Como não há a receita, temos de trabalhar para fazer o país se desenvolver", disse. "Vivemos um momento de incompetência no Brasil. Não há um líder. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se escondeu quando viu que não havia idéias para melhorar a nação. Para o meu mandato e para o Paraná, portanto, será bom permanecer no Congresso", justificou o deputado, que vai trabalhar como um articulador em prol de projetos para o estado.

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Além de Max Rosenmann, o governador recebeu ontem um um grupo de petistas para discutir se o partido aceitaria algumas secretarias de governo. O deputado federal eleito e presidente estadual do PT, André Vargas, ficaria com a Secretaria do Trabalho. Válter Bianchini, com a Agricultura, e Ênio Verri, com o Planejamento. Existe a expectativa de que Requião os anuncie no cargo hoje de manhã, durante a reunião do secretariado, mais conhecida como escolinha do Requião. O PT ainda tenta a hipótese de Irineu Colombo ser secretário especial de Representações do Paraná em Brasília.

"Cabe ao governador anunciar. Estamos estreitando relações e buscando proximidades de programas e propostas e um trabalho integrado entre estado e União", disse Bianchini. O objetivo dessa aproximação entre Requião e PT é: primeiro, estar mais próximo do governo federal; segundo, a articulação para as disputas em 2008 e 2010.

Na conversa de ontem com o governador, os petistas exigiram liberdade para montar suas respectivas equipes, com o respaldo de Requião, mas sem ingerências. Uma parceria em programas sociais e agrícolas com a União também esteve em discussão. Por fim, a discussão girou em torno das eleições do ano que vem. André Vargas, que preside o partido no estado, quer ser o candidato à prefeitura de Londrina com o apoio governamental. E, em troca e ao contrário de 2004 quando o PT teve a cabeça de chapa em Curitiba com o apoio do PMDB, em 2008 situação se inverteria. Gleisi Hoffmann (PT) seria candidata a vice-prefeita de algum candidato peemedebista.