O deputado federal André Vargas (PT-PR) tenta costurar um acordo para disputar uma vaga ao Senado nas eleições de outubro e lançar o ex-senador Osmar Dias (PDT) como vice na chapa da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), ao governo do Paraná. O deputado condiciona sua candidatura à não participação de Osmar na disputa pelo Senado.
André Vargas garante, no entanto, que a decisão será de Osmar Dias. "É um cenário em que dependemos da posição de um aliado, que é o Osmar Dias. Se ele resolver disputar [o Senado], será o meu candidato."
Sem enfrentamento
Tradicionalmente, os irmãos Osmar e Alvaro Dias (PSDB) não se enfrentam em eleições. O mandato do tucano termina neste ano, ele já se declarou candidato à reeleição e só um senador será eleito.
Se Vargas for o candidato, teria a difícil missão de bater Alvaro. Mas ele lembra que o tucano era um "franco-atirador" na primeira vez em que foi eleito senador, em 1982 (Alvaro era do PMDB e venceu o então favorito, o ex-governador Ney Braga, do PDS). "Ele é o favorito, mas já ganhou de um favorito e tinha sido apenas vereador em Londrina", afirma o petista. "Acho que o Alvaro há muito tempo está descolado da realidade política do Paraná. É uma voz da oposição nacional, mas o papel do senador é representar o estado."
O deputado avalia que o Paraná está mal representado no Senado. "O Alvaro foi oposição ao Fernando Henrique Cardoso, ao Lula, à Dilma, ao Jaime Lerner, ao [Roberto] Requião e até ao Beto Richa. Acho que ele perdeu a referência. O Requião defende suas próprias posições, não o estado. O Sérgio Souza tem ajudado, é mais proativo, mas é suplente [de Gleisi Hoffmann]."
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