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O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) declarou na acareação desta quinta-feira que talvez não tenha havido um mensalão, mas sim um "semanão". Ele contestou a afirmação do presidente do PL, ex-deputado Valdemar Costa Neto, de que não houve mensalão porque não haveria periodicidade mensal nos repasses de recursos feitos pelo empresário Marcos Valério. Para isso, Redecker apresentou levantamento que fez com base na quebra de sigilo bancário da empresa Guaranhuns, que recebeu dinheiro da agência SMP&B por intermédio de cheques e transferências destinados a vários bancos.

De acordo com o deputado, os valores somavam R$ 500 mil por semana nos primeiros meses, em 2003, e em 2004 passaram a somar R$ 300 mil por semana. O deputado detectou esses depósitos semanais num período de 18 meses.

O deputado João Correia (PMDB-AC) perguntou à funcionária da SMP&B Simone Vasconcelos por que os maiores saques de conta da empresa não estão acompanhados de faxes que, em outros casos, identificam os beneficiários dos recursos. A diretora respondeu que, quando ela mesma fazia os saques e entregava pessoalmente ao beneficiário que não queria ser identificado, não era necessário passar a informação ao Banco Rural.

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