A Câmara dos Deputados aprovou ontem projeto que prevê um reajuste salarial de 15,8% para 24 categorias de servidores federais. O aumento será dividido pelos próximos três anos, com reajustes de cerca de 5% a cada ano. A proposta foi aprovada após um acordo entre o Planalto e os sindicatos que representam os servidores que fizeram diversas paralisações no meio do ano.
A previsão no orçamento da União é que o reajuste tenha um impacto de R$ 624,8 milhões no ano que vem. Até 2015, o gasto com o reajuste é estimado em R$ 1,6 bilhão. A proposta segue para votação no Senado.
De fora
Algumas categorias ficaram de fora desse reajuste em razão de não terem chegado a um acordo com o governo antes do envio do orçamento de 2013 ao Congresso. Estão nesta situação servidores do Banco Central, do Incra e da Receita Federal. Algumas carreiras contempladas com o reajuste são a de diplomata, fiscal federal agropecuário, procurador da Fazenda Nacional, advogado da União, procurador federal, delegado de Polícia Federal, perito criminal civil, médico-legista civil e técnico em medicina legal civil.
Supremo
Na noite de quarta-feira, a Câmara aprovou o projeto que prevê aumento de 15,8% no salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que representa o teto constitucional do funcionalismo público. Assim como no caso dos reajustes aprovados ontem, o aumento será escalonado nos próximos três anos e será dado um aumento médio de 5% a cada ano até 2015.
A partir de janeiro de 2013, o salário dos ministros passa dos atuais R$ 26,723,13 mil para R$ 28.059,29. Em 2015, o montante chega a R$ 30.935,36. A proposta atende em parte os pedidos do Judiciário. Os ministros do Supremo queriam reajustes maiores, de 7,12% em 2013 e um total de até 29%, contando pedidos retroativos a 2010.
Também na quarta-feira, os deputados aprovaram um reajuste de 30% para os militares. O aumento também será dividio em três etapas, de 10% cada.
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