Com o discurso de que a presidente Dilma Rousseff está demorando demais para instalar a Comissão da Verdade, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara decidiu criar a sua própria e começou, nesta terça-feira (3), a ouvir testemunhas daquele período. Neste momento, um antigo militar, que serviu ao Exército na região da Guerrilha do Araguaia, e um guia, que teria colaborado com os militares na localização dos guerrilheiros, prestam depoimento a um pequeno grupo de parlamentares. A reunião é fechada. Teria sido um pedido das supostas testemunhas.
A decisão de transformar a reunião em secreta irritou o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), um opositor ferrenho da Comissão da Verdade. "Assim como a outra, esta aqui será uma comissão chapa-branca", disse o parlamentar.
O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) criticou a presidente Dilma pela demora em criar a comissão. "Lamento que a presidente demore tanto. Já se passaram quatro meses (da sanção da lei que criou a comissão) e até agora os integrantes não foram nomeados. Enquanto isso, vamos fazer nosso trabalho", disse Jordy.
A subcomissão da Comissão da Verdade tem a coordenação da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), autora de um projeto que defende a revisão da Lei da Anistia e prevê a punição para os militares que cometeram violações de direitos humanos durante o regime militar.
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