Os deputados estaduais não pouparam críticas nesta quarta-feira (14) ao presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Valdir Rossoni (PSDB), pela maneira como ele conduziu a suspensão do pagamento do 14.º e do 15.º salário aos parlamentares. O descontentamento surgiu do fato de Rossoni ter tomado a decisão sozinho, sem consultar nem avisar os colegas de que eles perderiam o benefício.
Os salários extras eram pagos há 16 anos pela Alep a título de "convocação e desconvocação" e só foram revelados depois de uma reportagem da Gazeta do Povo.
Boa parte dos deputados se disse favorável ao corte do benefício, mas considerou-se enganada por Rossoni. Um dos críticos foi o deputado Nereu Moura (PMDB). "A maneira como foi conduzida a decisão foi errada."
O líder da oposição na Alep, deputado Enio Verri (PT), se disse traído. "Houve uma quebra no vínculo de confiança que existia com as lideranças. Não concordo com maneira que foi feito (o corte). Como líder da oposição esperava, no mínimo, ser comunicado."
Rossoni diz respeitar opinião dos colegas
Rossoni disse que não iria questionar os deputados pelas críticas à decisão dele e respeitaria a opinião de cada parlamentar sobre o episódio. "Respeito o posicionamento dos que me criticaram, mas tive minhas razões para tomar essa medida."
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