Inocêncio Oliveira, ouvido pelo site Congresso em Foco, admitiu que a família viajou com recursos da Casa. Mas ele disse que não vê nenhuma ilegalidade nisso. Para o deputado, não há qualquer norma que proíba a utilização do benefício com essa finalidade. "Cada parlamentar faz o que quiser com sua cota", disse ele, por meio de sua assessoria de imprensa.
Nelson Marquezelli disse que viajou com a mulher para Nova Iorque com dinheiro de milhagens acumuladas por ele no exercício do cargo. Ele disse acreditar até que completou o valor do voo com recursos do próprio bolso. O parlamentar afirmou que, em princípio, desconhece a viagem dele e da mulher para Buenos Aires, em dezembro de 2007. Segundo Marquezelli, sempre sobram muitos recursos de sua cota de viagens de avião.
Odair Cunha explica que pagou uma passagem para um padre, Geraldo Silva, que viajou para a Argentina a fim de discutir direito canônico. Manoel Junior não respondeu à reportagem.
Em nota enviada ao Congresso em Foco, Leandro Sampaio admite que todas as viagens saíram de sua cota parlamentar, mas afirma que trabalhou no exterior. "Como presidente da Frente Parlamentar contra a Legalização do Aborto, o deputado utilizou parte de seu crédito para viagens nacionais e internacionais", afirma a assessoria. Sampaio afirma que não cometeu nenhuma irregularidade. "Antes da emissão de qualquer passagem, a assessoria do deputado consultou se os casos estavam de acordo com o Ato da Mesa nº 42, de 2000, onde não há nenhuma restrição quanto ao fim utilizado da cota de passagens aéreas", afirmou o deputado, por meio de sua assessoria de imprensa. Ontem, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB) descartou investigar esses casos.
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