Os discursos de comemoração e derrota se inverteram entre oposição e governo nesta quinta-feira (17), depois do julgamento final do rito do impeachment pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros reverteram quase integralmente o voto do relator Luiz Edson Fachin. Na quarta-feira (16), a oposição se considerou vitoriosa com a posição do magistrado e considerava que o voto seria seguido pela maioria, o que não ocorreu.
Para o deputado João Arruda (PMDB-PR), que integrava a chapa 1 na eleição da comissão especial do impeachment na Câmara dos Deputados, a posição do colegiado foi “coerente”. “Não tinha entendido o porquê da decisão [do ministro Edson Fachin] de não mudar o rito”, declarou. Para ele, o principal ponto esclarecido foi a formação da comissão na Casa, que agora deve ser indicada pelos líderes partidários e deferida por votação aberta.
Arruda declarou que ainda não sabe se vai integrar a nova lista de indicados para a comissão especial da Câmara. “Estamos tentando dialogar mais com todos os parlamentares do partido, para que os oito deputados da comissão representem a maioria dos deputados do PMDB. Se for o caso, eu abro mão da indicação”, disse.
Já o deputado Valdir Rossoni (PSDB-PR), que fazia parte da chapa da oposição na comissão, se diz “estarrecido” com o resultado do julgamento desta quinta-feira. Para ele, é preciso respeitar a decisão dos ministros, mas reagir nas ruas. “O povo brasileiro deve fazer uma opção: se quer o impeachment, deve sair às ruas para pressionar os deputados, porque, se o povo ficar em casa, não vai ter impeachment”, disse.
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