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Requião é acusado de propaganda irregular
Rosana Félix
O ex-governador Roberto Requião e o diretório do PMDB em Curitiba são alvo de uma representação proposta pelo Ministério Público Eleitoral por causa de propaganda irregular. Segundo os promotores, o site do partido desviou-se de sua finalidade ao promover a candidatura de Requião à Presidência da República que já foi indeferida em convenção nacional realizada em 12 de junho. Pela irregularidade, o ex-governador e o diretório municipal do PMDB podem ser condenados a pagar multa de R$ 25 mil cada um.
O processo está com o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Joelson Dias. A vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau, que assina a petição inicial, sustenta que desde fevereiro deste ano o site do PMDB de Curitiba (www.pmdbdobrasil.com) divulga "diversas matérias ressaltando os atos de governo e qualidades pessoais de Roberto Requião", que tinha conhecimento do fato, "haja vista a quantidade de matérias em que é referido e pela presença em diversos vídeos em que faz discursos."
Segundo a Lei Eleitoral (9.504/97), a punição pela propaganda extemporânea pode variar de R$ 5 mil a R$ 25 mil ou o equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.
A reportagem tentou contato com advogados de Requião e do PMDB de Curitiba, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.
A bancada do PMDB na Assembleia Legislativa assinou um manifesto no qual dá apoio ao governador Orlando Pessuti caso ele decida abrir mão de disputar a reeleição. Com isso, cresce a expectativa de que os peemedebistas se aliem ao senador Osmar Dias (PDT) na disputa pelo governo do estado juntamente com o PT.
Ontem à noite, os líderes dos três partidos no âmbito nacional e estadual se reuniram em Brasília na tentativa de bater o martelo pela candidatura de Osmar. Estiveram no encontro os presidentes nacionais do PDT, Carlos Lupi, do PMDB, Michel Temer, e do PT, José Eduardo Dutra. Caciques do PMDB nacional, como Renan Calheiros, também participaram das negociações.
Além dos dois pré-candidatos à sucessão estadual envolvidos na discussão, também estavam na reunião os presidentes estaduais dos três partidos: o pedetista Augustinho Zucchi, o peemedebista Waldyr Pugliesi e o petista Ênio Verri.
A carta, assinada por 15 dos 17 deputados estaduais do PMDB Alexandre Curi e Luiz Claudio Romanelli não teriam concordado com o documento , seria o aval para que Pessuti fosse a Brasília amparado pelo partido para abrir mão da candidatura em favor de Osmar. Com a desistência do governador, estaria aberto o caminho para a concretização da aliança sonhada pelo governo federal no Paraná: unir PDT, PMDB e PT no mesmo palanque no estado, dando força à candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff.
A desistência de Pessuti, porém, esbarra no pedido de aliança feito pelo PSDB aos pedetistas (veja matéria ao lado). Na última quinta-feira, o diretório estadual do PDT enviou um fax para a executiva nacional, solicitando autorização para fazer "coligação com o PSDB". Se a cúpula nacional da legenda aprovar o acordo, Osmar poderá disputar a reeleição ao Senado e Augustinho Zucchi poserá ser o vice na chapa encabeçada pelo tucano Beto Richa. Por isso, dependendo da decisão que deve ser divulgada hoje pelo diretório nacional do PDT, Pessuti necessariamente seria o adversário de Richa na disputa ao Palácio Iguaçu.
Os favoráveis à candidatura de Osmar ao governo, entretanto, garantem que Carlos Lupi não permitirá a aliança com os tucanos no Paraná, sobretudo porque o senador é um dos únicos candidatos pedetistas em todo o país com chances reais de ser eleito governador. Sob orientações do presidente Lula, os petistas também trabalham fortemente para ter Osmar como candidato com o objetivo de evitar que o PSDB repita o desempenho das últimas eleições e conquiste ampla maioria dos votos no Paraná. "A expectativa é que saia o acordo. Não iríamos reunir todas essas pessoas para dizer que estamos pensando [no assunto]", afirmou um confiante Ênio Verri, horas antes da reunião que ocorreria em Brasília na noite de ontem.
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