Curitiba – Depois de passada a "ressaca" da disputada eleição à presidência da Câmara, os deputados paranaenses se preocupam em desobstruir a pauta e votar assuntos de interesse do país e do estado. A bancada do Paraná concorda que a reforma política é prioridade, mas ressalta que existem outros assuntos importantes para o estado. "A destinação de mais 1% para o Fundo de Participação dos Municípios teria que ser votada logo. Os municípios estão sem recursos e precisam deste dinheiro", reivindicou a deputada federal Dra. Clair (PT-PR).

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O deputado Dilceu Sperafico (PP-PR) concorda que o repasse do recurso aos municípios também é o ponto que mais interessa ao Paraná. "Precisamos destrancar a pauta com urgência e voltar a ter um trabalho normal", afirmou. O companheiro de partido de Sperafico, deputado Ricardo Barros (PP-PR), acrescentou que a chegada do ano eleitoral complica ainda mais as contas municipais e estaduais.

"O governo federal só tem até junho do ano que vem para repassar recursos para estados e municípios, e não vai ter como cumprir as promessas. Nem as antigas e nem as novas, feitas agora para as eleições da presidência da Câmara", disse o deputado.

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A nova mesa diretora na Câmara dos Deputados traz também um novo cenário político. Esta é a opinião dos parlamentares paranaenses ouvidos pela Gazeta do Povo.

Para Max Rosenmann (PMDB- PR), deputado da oposição, o governo perdeu a linha no processo pré-eleitoral. "Agora fica uma dúvida. Isso quer dizer que o resto do governo Lula será muito difícil. O governo não vai conseguir controlar o congresso, e o ambiente será de chantagem", concluiu.

Para o deputado Abelardo Lupion (PFL- PR), o fato de Aldo Rebelo ter anunciado ontem que é contra a cláusula de barreira dos 5%, o que na prática mantém o sistema partidário atual, "é um sinal de que partidos de negociata, de aluguel, vão continuar a agir".

O deputado Osmar Serraglio, (PMDB-PR), relator da CPI mista dos Correios, afirmou que o fato de o governo estar na presidência da Câmara não vai atrapalhar o trabalho investigativo das comissões.