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Osmar Serraglio e Sérgio Souza, deputados federais pelo Paraná | Luis Macedo e Alex Ferreira/Câmara dos Deputados/Arquivo
Osmar Serraglio e Sérgio Souza, deputados federais pelo Paraná| Foto: Luis Macedo e Alex Ferreira/Câmara dos Deputados/Arquivo

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, o deputado federal licenciado Osmar Serraglio (PMDB-PR), nega ter feito “pressão” para manter Daniel Gonçalves Filho no comando da representação do Ministério da Agricultura (Mapa) no Paraná. A mesma afirmação foi feita pelo ex-senador e deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR). Nesta terça-feira (21), ambos foram acusados pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), ministra da Agricultura na segunda gestão Dilma Rousseff, de ter feito uma “pressão nunca vista” para manter um “bandido”, um “marginal” no cargo.

Por meio da assessoria de imprensa, Serraglio reafirmou que o nome de Daniel foi levado como opção à bancada do Paraná, no ano de 2007, pelas mãos do então deputado federal Moacir Micheletto, morto em um acidente de carro no ano de 2012. A partir daí, com a “chancela de todos” os parlamentares da bancada do PMDB paranaense, Daniel passou a ser considerado um representante da legenda.

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A assessoria de Serraglio também deu outros contornos à conversa que o paranaense teria tido, como parlamentar em exercício, com a então ministra Kátia Abreu. Na versão do peemedebista, deputados federais, representando a bancada paranaense, foram fazer uma visita à ministra do PMDB porque Daniel havia reclamado de um “movimento de desestabilização” na sua gestão, devido a um embate com grevistas.

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O então chefe do ministério no estado teria dito aos parlamentares que se sentia ameaçado no cargo, o que teria mobilizado a bancada do Paraná. Mas, segundo Serraglio, quando a ministra falou da existência do processo administrativo disciplinar contra Daniel, os parlamentares teriam “tirado o pé”.

Da mesma forma, Sérgio Souza negou ter feito qualquer pressão pela manutenção de Daniel no cargo. “Quem é um deputado para fazer pressão em um ministro? Eu posso até ter assinado um ou outro documento a favor da permanência dele, talvez, mas jamais pressionei”, defendeu-se.

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Da tribuna do Senado, Kátia Abreu disse ainda que, ao consultar à época o senador Roberto Requião Requião (PMDB-PR) sobre o caso, ele teria deixado nas mãos da bancada de deputados federais do PMDB do Paraná a indicação do comando do braço do Ministério da Agricultura no estado.

Também nesta terça, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Requião confirmou essa versão. O ex-governador disse ter sido procurado pela ministra, pois, segundo ela, uma das regras do governo era observar indicações parlamentares para a nomeação dos superintendentes do Mapa.

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“Disse a ela: ‘Em primeiro lugar, não aceite a indicação fisiológica da bancada. Existem rumores muito sérios sobre a manipulação da fiscalização no Paraná e no Brasil. E, em segundo lugar não farei indicação, porque sou contra indicações fisiológicas numa atividade que diz respeito à fiscalização de um dos setores mais importantes do país’”, relatou. “Sugeri a ela que procurasse um técnico absolutamente isento para assumir a coordenação de fiscalização no Paraná, mas a ministra sofreu pressão fisiológica do Osmar Serraglio e do Sérgio Souza. E acabou, em função do governo de coalizão, da famosa governabilidade, tendo que contrariamente à sua vontade nomear o tal Daniel.”

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