As investigações em torno ao ex-presidente Lula, que envolvem o apartamento triplex no Guarujá e o sítio em Atibaia, reascenderam fortemente no PT a animosidade contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e as pressões para que deixe o cargo.

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Na semana passada, como mostrou O GLOBO, um grupo de deputados petistas, entre eles o líder na Câmara, Afonso Florence (PT-BA), Wadih Damous (PT-RJ) e Moema Gramacho (PT-BA), estiveram no Ministério da Justiça e cobraram duramente de Cardozo providências sobre os vazamentos das investigações sobre Lula e sobre a forma como a Polícia Federal está conduzindo os trabalhos. Os deputados alegaram que Lula havia se tornado “alvo preferencial” e que havia “descontrole” na condução das investigações.

Os deputados subiram o tom com o ministro e um deles chegou a dizer que, caso Cardozo não tomasse providências, “Lula acabaria sendo preso”.

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Segundo relatos, o ministro respondeu ser “praticamente impossível” identificar e impedir os vazamentos de informações e disse que o controle aos trabalhos da PF só é possível em casos de violações. Na visita, ficou reforçada a ideia de que a presença de Cardozo no aniversário do PT não seria conveniente e que sua permanência no cargo não agrada ao partido.