Mal acabaram de tomar posse, deputados e senadores já começaram a trocar de partidos. Em menos de 24 horas o Congresso ficou com a cara diferente. E pode ser apenas o começo de uma debandada de parlamentares dos partidos pelos quais eles foram eleitos há apenas quatro meses.
As novas regras para a distribuição das vagas na Mesa Diretora da Câmara entre os partidos diminuíram o "troca-troca" partidário em relação à legislatura anterior. O ritmo das trocas partidárias caiu de 53 em 2002 para as 20 neste ano, porque passou a valer o resultado das urnas e não mais os blocos formados para garantir cargos na mesa e nas comissões.
Segundo parlamentares, para fechar outras brechas, será necessário aprovar a reforma política. Um dos pontos é a fidelidade partidária.
Porém, o número de trocas na atual legislatura pode ser maior do que o registrado até agora porque nem todas as mudanças são imediatamente comunicadas pelos parlamentares.
No senado o PR recebeu Expedito Junior e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) é o novo partido de Fernando Collor de Mello (AL). Collor volta à cena política 14 anos depois do impeachment que o afastou da presidência da República. Ele tinha sido o único senador eleito pelo PRTB.
Na Câmara, 20 deputados optaram por novas legendas. Para o PR, fusão do PL e o PRONA, vieram os deputados Jofran Frejat, Lucenira Pimentel, Nelson Goetten, Maurício Quintella Lessa, Vicentinho Alves, Homero Pereira, Lúcio Vale, Neilton Mulim e Sandro Matos.
O PAM recebeu Jurandy Loureiro, Marcos Antonio, Silas Câmara e Takayama. O PTB, Sabino Castelo Branco e Armando Abílio. O PMDB, Colbert Martins, Veloso e Zequinha Marinho. O PSB, Laurez Moreira. Para o PP foi Waldir Maranhão. O PPS foi o partido que mais perdeu deputados, quatro no total.
O PR recebeu três parlamentares: Homero Pereira (MT) e Neilton Mulin (RJ), que deixam o PPS; Lúcio Vale (PA), vindo do PMDB. Waldir Maranhão (MA) também trocou o PSB pelo PP.
A cerimônia de filiação ocorreu pela manhã, na sede nacional do partido, em Brasília, e contou com a presença do presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, que teve seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar em 2005. Durante o processo de impeachment, Jefferson foi um dos principais defensores de Collor no Congresso.
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