Os deputados estaduais do PMDB defendem que o governador Roberto Requião (PMDB) defina um prazo para a saída dos secretários de estado que pretendem disputar as eleições de 2006. Os secretários candidatos têm até o dia 3 de abril do próximo ano para deixar os cargos, como determina a legislação eleitoral, mas a proposta da bancada é que o governador antecipe as mudanças na equipe. Os parlamentares estão incomodados com alguns secretários que estariam usando a visibilidade e força política do cargo para fazer campanha.

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O vice-presidente estadual do PMDB, Nereu Moura, prefere não falar em datas, mas considera viável que a reforma no secretariado ocorra no máximo até o final deste ano. Pelos cálculos do deputado, existem 16 pré-candidatos à Assembléia ou à Câmara Federal, incluindo secretários e presidentes de autarquias, sem contar diretores e chefes de núcleos regionais.

O grande número de postulantes, segundo Moura, é um "sinal de que o governo vai bem", mas ao mesmo tempo aponta a necessidade de que o governador defina critérios para a saída dos secretários para evitar uma concorrência desleal com os outros candidatos que vão disputar as eleições.

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O deputado Alexandre Curi também concorda que deve ser elaborado um calendário eleitoral. "Até porque o governo precisa saber quem é mesmo candidato", explicou. A prerrogativa, segundo ele, é do governador, mas seria importante Requião definir o mês para a saída dos secretários-candidatos ou mesmo estabelecer que todos devem permanecem nos cargos até o prazo final para desincompatibilização, seis meses antes da eleição de outubro.

A pressão dos deputados para que o governador antecipe a reforma do secretariado não é novidade. A bancada já tentou, no ano passado, convencer o governador a mexer no primeiro escalão, mas não teve sucesso. Na época, foi sugerida a saída do chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, com o argumento de que o secretário estaria dedicando mais tempo ao projeto pessoal de reeleição à Assembléia do que à tarefa de articulador político do governo. Toda vez que é questionado sobre o assunto, Quintana reafirma que o cargo tem mais ônus do que bônus e que nunca fez uso político da pasta.

Para antecipar a reforma, o governador também esbarra em problemas com a própria bancada. Com o retorno à Assembléia dos três secretários que são deputados – Caíto Quintana, Vanderlei Iensen (chefe de gabinete), e Edson Strapasson (presidente da Comec) – perdem direito às cadeiras o líder do PMDB na Casa, Antônio Anibelli e o deputado Ademir Bier. No caso de Iensen, que foi eleito pelo PDT, quem perde a vaga é um deputado do PP, César Seleme.

O deputado Antônio Anibelli reconhece que é um dos maiores interessados na vaga e prevê que o governador vai deixar os suplentes na Assembléia até abril. "Como Requião tem problema de acomodar eu e o Bier acho que vai deixar os secretários até o prazo final."

Os pretendentes

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Da equipe do governo estadual, 19 integrantes do primeiro escalão devem concorrer em 2006.

Pré-candidatos a deputado estadual

Caíto Quintana (chefe da Casa Civil)

Vanderlei Iensen (chefe de gabinete)

Edson Strapasson (Comec)

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Waldyr Pugliesi (Transportes)

Luiz Cláudio Romanelli (Habitação)

Algaci Túlio (Procon)

Padre Roque Zimmermann (Trabalho)

Pré-candidatos a deputado federal

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Reinhold Stephanes (Planejamento)

Marcelo Almeida (diretor-geral do Detran)

Ricardo Gomyde (presidente da Paraná Esporte)

Pré-candidatos indefinidos

Luiz Eduardo Cheida (Meio-Ambiente)

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Darcy Deitos (presidente da Suderhsa)

Eduardo Baggio (presidente da Claspar)

Luiz Caron (Obras Públicas)

Aldair Rizzi (Ciência e Tecnologia)

Gilberto Martin (diretor da Secretaria de Saúde)

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