O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou que vai entrar ainda nesta quarta-feira (20) com uma representação criminal contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que, segundo ele, conduz uma "campanha difamatória" contra opositores.

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A deputada Érika Kokay (PT-DF) e o deputado Domingos Dutra (PT-MA), ex-presidentes da comissão, também vão assinar a ação. Eles querem que a Polícia Federal apure o eventual elo de Feliciano com a produção de um vídeo, divulgado na última segunda-feira pelo seu perfil no Twitter e publicado no canal do Youtube da empresa de seu assessor.

O vídeo chama de "rituais macabros" os atos contra a indicação do pastor para o cargo e questiona a conduta de seus opositores. Insinua que Wyllys participa de uma campanha difamatória contra evangélicos.

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O título do vídeo, de quase nove minutos, é "Pastor Marco Feliciano renuncia", em referência às "renúncias" que teve de fazer para assumir o cargo, como passar menos tempo com a família.

O material foi publicado na conta no Youtube da produtora Wap TV Comunicação, que tem, entre seus donos, Wellington Josoé Faria de Oliveira. Além de produzir os programas de Feliciano, Oliveira é funcionário do gabinete do deputado em Brasília. Ele nega que haja qualquer vínculo da sua produtora com o vídeo.

"Ele [Feliciano] está me insultando nas redes sociais e liderando uma campanha difamatória que ganhou vulto com o vídeo divulgado nesta semana", disse Wyllys.

O deputado do PSOL participa na manhã de hoje da instalação da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, que se pretende, segundo ele, ser uma "resposta política" à eleição do pastor na Comissão de Direitos Humanos.

Segundo o deputado, enquanto Feliciano estiver à frente da comissão da Câmara, ele não pretende participar das reuniões. O colegiado deverá se reunir na tarde de hoje para uma audiência pública sobre atenção psicossocial a portadores de doenças mentais. Estão previstos protestos de movimentos sociais durante a sessão.

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Questionado qual seria a solução pacificadora para a crise na comissão, Wyllys disse que a saída de Feliciano e um eventual rearranjo na composição do colegiado seria o ideal. Embora não haja negociações oficiais, os deputados trabalham com a possibilidade de colocar na presidência da comissão a deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), atual vice-presidente.