Uma polêmica deve movimentar as últimas sessões do ano na Assembléia Legislativa de São Paulo. Os deputados estaduais querem dar um abono salarial aos 3 mil funcionários da casa com parte dos R$ 23 milhões que vão sobrar do orçamento deste ano, que é de R$ 375 milhões.
Pelo projeto de lei que deverá ser votado até o final deste ano, cada funcionário receberia de R$ 500 a R$ 2.500. O presidente do Sindicato dos Funcionários da Assembléia Legislativa, Júlio César Brasileiro, acha pouco. Ele quer R$ 3,5 mil para cada um.
Os salários dos funcionários da Assembléia ficam entre R$ 2,1 mil e R$ 12,5 mil, sem contar as gratificações, que podem até dobrar esses valores. Todos deveriam trabalhar oito horas por dia, de segunda a sexta-feira, mas na prática não é bem assim. Muitos não aparece nos horários determinados e segundo o próprio presidente do sindicato, é possível que haja alguns funcionários que nunca apareceram para trabalhar.
Para tentar resolver esse problema, o projeto de lei que prevê o abono salarial também institui o controle eletrônico dos funcionários. Catracas e relógios eletrônicos seriam instalados na porta da Assembléia. A medida, no entanto, atingiria apenas os funcionários concursados, que representam um terço do quadro funcional da Assembléia. Os demais são comissionados, indicados pelos deputados, que continuariam sem controle de presença ou de horário de trabalho.
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