Os deputados paranaenses Irineu Colombo (PT) e José Janene (PP) receberam em seus gabinetes em Brasília envelopes com conteúdo suspeito. Outros sete parlamentares também receberam as cartas, segundo uma reportagem de Andreza Matais, correspondente da Folha Online na capital federal. As cartas, com remetentes de nomes árabes, teriam sido encaminhadas de São Paulo, seis nesta quinta-feira e outras três na semana passada.
A segurança da Câmara acredita na hipótese de que os envelopes estejam recheados de fezes. De acordo com a reportagem da Folha Online, o cheiro e a aparência seriam semelhantes. Eles não continham bilhetes, apenas a substância. Em alguns, as supostas fezes estavam enroladas em papel higiênico. Os envelopes foram recolhidos e encaminhados para o Laboratório Central de Brasília. A análise deve ser feita com o auxílio da Fiocruz.
Além dos paranaenses, também receberam os envelopes os deputados Gilmar Machado (PT-MG), João Fontes (PDT-SE), Vadão Gomes (PP-SP), Iara Bernardes (PT-SP), José Mentor (PT-SP), Durval Orlato (PT-SP) e João Alfredo (PSOL-CE).
O deputado Janene, assim como Mentor e Vadão Gomes não chegaram a ter acesso às cartas. Elas foram interceptadas antes de chegarem aos gabinetes pela segurança. Conforme a reportagem, a Câmara evitou confirmar o episódio inicialmente, mas acabou revelando o caso depois que vários deputados o confirmaram.
Reações
Dois dos deputados citados como destinatários das cartas reagiram ao caso afirmando se tratar de "ameaça". O presidente da Comissão de Orçamento do Congresso, Gilmar Machado (PT-MG), disse para a Folha Online: "Isso não me assusta, quando assinei os requerimentos das CPIs dos Bingos e dos Correios também sofri ameaça de morte. Isso não vai me coagir". Para o deputado João Fontes (PDT-SE), o protesto é "coisa da turma das sanguessugas. É muita gente que está envolvida".