A emenda que permitia a criação de fumódromos locais exclusivos para fumantes em bares e restaurantes do Paraná foi rejeitada no plenário da Assembleia Legislativa no início da noite desta terça-feira (15). Dos 47 deputados estaduais que participaram da sessão, dez foram favoráveis e 36 contrários aos espaços reservados. Um parlamentar se absteve da votação e sete não compareceram à Assembleia.
A sessão que começou por volta das 15 horas foi tumultuada. A votação aconteceria a portas fechadas, mas produtores de fumo do interior do estado e proprietários de bares e restaurantes ficaram revoltados ao saber que não poderiam assistir à sessão. O presidente da Assembleia, deputado Nelson Justus (DEM), decidiu abrir as galerias para os visitantes. Os deputados se revezaram na tribuna defendendo suas posições contrárias ou favoráveis ao projeto. Os discursos favoráveis a implantação dos fumódromos eram seguidos de aplausos das pessoas que acompanharam a sessão. Já as falas contrárias foram vaiadas. O deputado Ademar Traiano (PSDB) foi um dos parlamentares que defendeu a criação dos espaços reservados. Ele afirmou que é impossível fiscalizar todos os espaços onde ficará proibido o cigarro.
Já deputado Artagão Junior (PMDB), relator do projeto na CCJ e que apresentou parecer contrário a aprovação, foi até a tribuna defender a proibição dos fumódromos. O parlamentar afirmou que não há garantia de que o isolamento da fumaça será eficiente. "Ninguém até agora apresentou laudo de engenharia que comprove que o isolamento dos fumódromos é eficiente, que impede que a fumaça saia por baixo da porta", disse.
O projeto geral da lei antifumo foi aprovado em segunda discussão. A proposta recebeu 37 votos favoráveis e 10 contrários. Para entrar em vigor, o projeto ainda tem que ser sancionado pelo governador Roberto Requião (PMDB).
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