O plenário da Câmara dos Deputados voltou atrás na noite desta quarta-feira (15) e retomou mandatos de oito anos para senadores e de quatro anos para presidente da República, governadores, deputados federais, estaduais e distritais, prefeitos e vereadores. Os parlamentares aprovaram emendas supressivas do DEM e do PMDB para retirar da Proposta de Emenda Constitucional da reforma política os mandatos de cinco anos para todos os cargos eletivos, que haviam sido aprovados em primeiro turno de votação. A retirada da autorização para empresas doarem recursos para partido políticos ficou para ser votada em agosto.
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Leia a matéria completaTambém foi retirada da PEC da reforma política as mudanças nas datas de posse de governadores e presidente da República, que haviam sido definidas em 4 e 5 de janeiro. Com isso, as posses voltam a ser no dia 1º de janeiro. Antes, os deputados federais rejeitaram destaque que permitia a reeleição para presidente da República – o texto aprovado acaba com a reeleição para todos os cargos eletivos.
Deputados rejeitam reeleição para presidente da República
Leia a matéria completaNesta quarta-feira os deputados apreciaram os destaques supressivos apresentados à PEC da reforma política, depois de aprovarem o texto-base em segundo turno na semana passada. Antes da votação do destaque que acabou com os mandatos de cinco anos, diversos deputados defenderam a manutenção do período de quatro anos.
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), disse que cinco anos afasta o eleitor do representante. “Quatro anos é de ótimo tamanho. Não é tão longo que afaste o eleitor do deputado, nem tão pequeno que nos obrigue a submeter a eleições em períodos curtos”, disse. Para o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), aumentar os mandatos beneficiaria apenas os políticos. “Com que cara vou chegar no interior e dizer que votei para ampliar o meu mandato em cinco anos?”, questionou. O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) também se manifestou contra a mudança. “Imagine o eleitor que tem um mau governante, tem de esperar cinco anos?”, criticou.
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