A comissão de admissibilidade do impeachment da governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB-RS) deve se reunir no início da noite desta quinta-feira (8) para votar o parecer da relatora da deputada Zilá Breitenbach (PSDB) pelo arquivamento do pedido. Na análise, a parlamentar entendeu que "não está presente justa causa a autorizar a admissibilidade do pedido de instauração de processo por crime de responsabilidade contra a governadora do Estado".
Yeda é acusada de uso de caixa dois na campanha eleitoral de 2006, pagamento "por fora" de parte do imóvel adquirido pela governadora no final daquele ano e arrecadação de propinas por agentes públicos. Zilá Breitenbach, que também é presidente do PSDB do Estado, precisou de apenas cinco dos dez dias que tinha de prazo para elaborar o parecer entregue na noite de segunda-feira ao presidente da comissão, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP).
Os aliados de Yeda prometem fazer valer a maioria na comissão (de 17 a 12) e no plenário para encerrar o assunto com a maior brevidade possível e evitar mais desgastes à governadora, que seguirá enfrentando uma ação de improbidade administrativa na Justiça Federal e uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga corrupção em sua administração.
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