O presidente da Câmara Municipal de Curitiba, o vereador João Cláudio Derosso (PSDB), prestou depoimento para o Conselho de Ética da Casa na tarde desta quinta-feira (18). Por cerca de três horas, ele foi perguntado sobre as denúncias de irregularidades na gestão da Casa.
Derosso é acusado de favorecer a empresa da esposa em licitação da casa, contratar parentes na Câmara e fazer a contratação irregular de fantasmas da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Além disso, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) propôs uma ação por dano à natureza contra Derosso pela canalização de um rio para viabilizar um empreendimento imobiliário de sua família na capital paranaense. O loteamento está avaliado em cerca de R$ 40 milhões.
No depoimento, os vereadores questionaram apenas os contratos de publicidade firmados pela Casa com as empresas Visão Publicidade e Oficina de Notícia, de propriedade de Cláudia Queiroz Guedes, mulher de Derosso. O presidente da Câmara evitou responder qualquer questão na qual o nome de Cláudia era citado. Ele disse que estas perguntas serão respondidas em sessão fechada.
O presidente da Câmara também ressaltou que não vai renunciar ao cargo. Ele também foi questionado sobre os pagamentos realizados a jornais de bairro, mas afirmou que desconhecia os proprietários e o valor gasto em cada situação. Derosso garantiu que será feito um levantamento para responder esta pergunta.
A sessão chegou a ser suspensa duas vezes. A primeira, logo no começo, ocorreu porque manifestantes, principalmentes membros da CUT, foram impedidos de entrar na Câmara. Mais tarde, o desentendimento entre um fotógrafo e um funcionário do local também paralisou a sessão por cerca de cinco minutos.
Confira abaixo os principais momentos do depoimento de Derosso na Câmara:
17h34 - Sem mais inscritos, o vereador Francisco Garcez, presidente do Conselho de Ética, encerrou a sessão.
17h32 - O último a perguntar foi Roberto Hinça (PDT) que questionou se gestões anteriores já tinham gastos com publicidade. Derosso afirmou que sim, mas que processo era menos democrático.
17h30 - Serginho questionou novamente a Lei das licitações, mas Derosso garantiu que a legislação foi respeitada.
17h27 - O próximo a questionar Derosso é o vereador Serginho do Posto (PSDB).
17h24 - Na sequência, Aldemir Manfron (PP) perguntou quando Derosso começou o relacionamento com Cláudia Queiroz Guedes. Novamente, Derosso se recusou a responder a pergunta.
17h20 - Tulio perguntou se o relacionamento com a jornalista Cláudia Queiroz Guedes não deveria fazer com que o presidente da Casa suspendesse o contrato com a empresa dela. Derosso alegou que essa era uma questão pessoal e só responderia em sessão fechada. Tulio defendeu que esta não era uma questão pessoal e iniciou nova discussão, desta vez com o Pastor Valdemir.
17H15 - Ao fazer uma pergunta sobre a Lei das licitações, Algaci Tulio (PMDB) começou a discutir com Garcez que alega que a questão já foi respondida.
17h11 - O vereador Jonny Stica (PT) perguntou sobre o prazo dos contratos, sobre o valor dos aditivos e se foi realizada uma pesquisa de mercado com empresas antes da licitação. Derosso disse que não houve irregularidade com os prazos, nem com os aditivos e reforçou que tudo foi feito "dentro da lei". Destacou ainda que houve pesquisa de mercado.
17h08 - Kuzma sugeriu que a Câmara pesquise a porcentagem do orçamento que pode ser utilizada em publicidade.
17h06 - A vereadora Renata Bueno (PPS) perguntou quantos vereadores têm jornais de bairro e quantos receberam verba de publicidade da Câmara. Derosso disse que não tinha essa resposta, mas que vai realizar um levantamento para responder esta questão. O próximo a falar é o vereador Tico Kuzma (PSB).
17h03 - Denilson Pires (DEM), que seria o próximo a falar, disse que seus questionamentos já foram realizados.
17h02 - O primeiro a falar foi o vereador Juliano Borghetti (PP). Ele fez uma questão sobre o contrato com a Visão Publicidade. Derosso afirmou que faria um levantamento do que foi pago à empresa.
17h - Terminadas as perguntas dos membros da Comissão e dos suplentes, comaçaram as perguntas dos demais vereadores.
16h50 - O último suplente a falar, vereador Tito Zeglin (PDT) reclamou das críticas que estão sendo feitas aos vereadores, principalmente na imprensa, questionando se a CPI para investigar Derosso vai terminar "em pizza".
16h41 - A Professora Josete entregou todas as perguntas por escrito para Derosso. Ele respondeu pausadamente e disse que a vereadora desconhece o funcionamento da Câmara. Derosso sugeriu que a vereadora faça um "Câmara Tour" para conhecer a Casa.
16h32 - Terminada a participação de Salamuni, a Professora Josete começou a questionar Derosso. Ela perguntou sobre os contratos firmados pela Câmara com as empresas de publicidade e solicitou que fossem disponibilizados os relatórios referentes aos serviços prestados pelas empresas.
16h29 - Salamuni questionou o tempo que Derosso ocupa o cargo de presidente da Câmara (desde 1997). Derosso fez um balanço dos feitos na Casa e ressaltou tudo o que foi feito pela Câmara ao longo dos anos como presidente da Casa.
16h26 - Resolvida a questão, a sessão foi retomada.
16h20 - Enquanto Salamuni questionava Derosso, um desentendimento entre um fotógrafo e um funcionário suspendeu a sessão por pelo menos cinco minutos. O fotógrafo teria avançado meio metro fora da área destinada aos jornalistas. Ele queria registrar uma imagem por outro ângulo e foi impedido. A expectativa é que a sessão seja retomada em poucos minutos.
16h15 - Dirceu Moreira afirmou que as perguntas que ele faria já haviam sido respondidas. Com isso, começaram os questionamentos de Paulo Salamuni.
16h11 - Começam agora os questionamentos dos suplentes. Estão inscritos os vereadores Dirceu Moreira (PSL), Paulo Salamuni (PV) e Professora Josete (PT).
16h08 - Zezinho do Sabará disse que é do interior, fala errado, mas não faz errado. Nesse momento ele foi aplaudido pelos presentes na sessão.
16h06 - Na sequência, Derosso foi duro ao corrigir a forma como Zezinho do Sabará pronunciava o nome da esposa dele. O vereador dizia "Cráudia" e Derosso corrigiu dizendo: o nome dela é Cláudia.
16h03 - Zezinho do Sabará fez diversas perguntas sobre a Oficina de Notícias, perguntou também se a mulher de Derosso, Cláudia Queiroz Guedes, ainda era funcionária da Câmara. Derosso voltou a afirmar que questões pessoais só serão respondidas em sessão fechada.
16h - Terminadas as perguntas do Pastor Valdemir, Zezinho do Sabará (PSB) começou a questionar Derosso.
15h55 - Perguntado pelo Pastor Valdemir se ele chegou a pensar em renunciar ao cargo, Derosso afirmou que não. "As forças ocultas da nossa cidade querem, mas não o farei", diz.
15h50 - Derosso aproveita as perguntas do Pastor Valdemir para destacar seus feitos na Casa. O presidente da Câmara afirma que fez uma "reforma para evitar a ingerência da parte política e parte administrativa da Casa".
15h40 - O presidente da Câmara afirmou que as denúncias visavam impedir uma possível candidatura dele como vice-prefeito de Curitiba na chapa de Luciano Ducci (PSB) para as eleições municipais de 2012. Ele afirmou que não pretendia se candidatar e chegou a apoiar Gustavo Fruet, que deixou o PSDB recentemente, para sair como vice na chapa.
15h37 - Derosso afirma que as denúncias têm motivação política. Para o presidente da Casa, a imprensa tem interesse em torná-lo "leproso da noite para o dia". Ele ainda garantiu que vai entrar com processo com qualquer um que falar "besteiras" sobre ele.
15h33 - Valdemir Soares pergunta sobre a divulgação da publicidade da Câmara em jornais e veículos de comunicação de Curitiba. Segundo Derosso, os veículos receberam quase 61% da verba destinada para publicidade da Câmara e mesmo assim está sendo criticado pela mídia.
15h30 - O próximo a fazer perguntas é o vereador Pastor Valdemir Soares (PRB).
15h27 - Derosso evita responder perguntas referentes à mulher dele, Cláudia Queiroz Guedes. Ele também é orientado pelo advogado antes de responder a maior parte das perguntas.
15h24 - Noêmia questionou o valor das licitações e perguntou porque elas só foram publicadas no jornal Diário Popular e não em outros jornais. Derosso argumentou que não há irregularidades nas licitações e a publicação no Diário Popular seria suficiente para divulgar a licitação.
15h21 - A vereadora Noêmia Rocha (PMDB) é a proxima a falar.
15h20 - O vereador Jorge Yamawaki (PSDB) questionou quando Derosso começou o relacionamento com a jornalista Cláudia Queiroz Guedes e se eles já tinham alguma relação quando a Câmara firmou o contrato de publicidade com a empresa dela, Oficina de Notícia. Derosso disse que as perguntas referentes à esposa ele só vai responder em sessão fechada.
15h15 - Questionado sobre as denúncias sobre publicidade pessoal, Derosso afirmou que questões referentes à publicidade pessoal não constam no processo e por isso ele não iria comentar.
15h12 - Yamawaki questionou Derosso sobre as denúncias de publicidade indevida na Câmara. Derosso respondeu tudo foi feito dentro da lei.
15h08 - O primeiro a perguntar foi o relator Jorge Yamawaki (PSDB). Ele questionou como a publicidade pode ser útil para a Câmara. Derosso respondeu que a publicidade ajuda a divulgar as ações da Câmara na mídia, para mostrar para a população como a Casa está trabalhando por Curitiba.
15h - Sessão é retomada.
14h50 - Vereador Pastor Valdemir Soares (PRB) pediu a suspensão da sessão por cinco minutos por questões de segurança. Manifestantes foram impedidos de entrar no plenário. Cerca de 30 manifestantes, principalmente da CUT, protestaram do lado de fora e alguns chegaram a discutir com funcionários da Câmara.
14h45 - O depoimento ainda não havia começado, mas uma confusão se pronunciava na entrada do plenário da Casa. Apenas a imprensa, vereadores e funcionários da casa foram autorizados a entrar no plenário. As pessoas que gostariam de acompanhar a sessão e os assessores de vereadores estavam sendo barrados na sala que dá acesso ao local da audiência.
14h30 - A sessão começou e foi autorizada a entrada de um assessor para cada vereador do Conselho de Ética. As pessoas que foram ao local para ver o depoimento continuam proibidas de entrar na sala. A explicação dada pelo vereador Francisco Garcez (PSDB) é de que o Corpo de Bombeiros só autorizou a entrada de 150 pessoas no plenário.
14h05 - Derosso já estava no plenário da Câmara, onde cerca de 50 pessoas aguardavam o início da sessão, e conversava com outros vereadores. Do lado de fora da Casa, muitas pessoas esperavam para entrar. O Grupo de Operações Especiais da Guarda Municipal fazia a segurança no local.
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