Derrotado na disputa pelo governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante é mais um militante do PT paulista contemplado com um cargo no governo Dilma Rousseff. Ele foi confirmado pela presidente eleita no comando do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Mercadante nasceu em Santos e é formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre pela Universidade de Campinas (Unicamp). Está licenciado do cargo de professor na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e na Unicamp.
Membro do movimento estudantil na década de 70, Mercadante fez parte do grupo de fundadores do PT, em 1980. Foi vice-presidente nacional e secretário de Relações Internacionais da sigla.
Aos 56 anos, o petista tem um histórico de vitória nas urnas em disputas a cargos no Legislativo, mas contabiliza duas derrotas em eleições ao governo de São Paulo em 2006 e 2010.
Aos 36 anos, foi eleito deputado federal com a maior votação entre os petistas. Sua atuação na Comissão Parlamentar de Inquérito que culminou com o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello o credenciou para ser escalado como vice na chapa do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições presidenciais de 1994.
Mercadante substituiu José Paulo Bisol (PSB) que foi descartado depois de ser alvo de denúncias. O presidente Lula perdeu as eleições, mas Mercadante tornou-se nome certo na equipe de elaboração dos programas de governo de todas as eleições disputadas pelo presidente Lula (1989, 1994, 1998 e 2002).
Em 1999, Mercadante voltou à Câmara dos Deputados como o terceiro parlamentar mais votado do país 241,5 mil votos. Na eleição seguinte, disputou uma vaga ao Senado e foi o mais votado, com 10,5 milhões de votos.
Em 2008, Mercadante presidiu a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e foi eleito presidente da Representação Brasileira no parlamento do Mercosul. Em fevereiro de 2009, foi eleito líder da bancada do PT no Senado Federal e líder do bloco de apoio ao governo na Casa.
Meses depois, foi alvo de críticas de colegas de legenda e de opositores ao anunciar que deixaria a liderança "em caráter irrevogável" e, depois de uma conversa com o presidente Lula, voltar atrás.
O motivo da saída segundo o senador escreveu em seu perfil no microblog Twitter foram dificuldades na interlocução com colegas e com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pressionado por uma série de denúncias na época.
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