O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi indagado na CPI do Mensalão sobre o carro Ômega blindado que tem utilizado, de modelo idêntico ao que usava quando ainda era dirigente do partido. Delúbio explicou que alugou o carro por um mês, com diária de R$ 360, e que o contrato foi feito em nome da companheira dele, Mônica Valente, e com recursos dela, que é funcionária do PT. O custo do aluguel, ao final de 30 dias, é de R$ 10.800. Delúbio está desempregado, pois não recebe mais salário como dirigente do partido.
- O motorista é do PT e ficou cedido para mim - informou.
Segundo Delúbio, quando deixou de ser dirigente do PT e perdeu direito ao carro que o partido deixavaa com ele, pensou em comprar um outro automóvel blindado, para seu uso particular. Mas que enquanto não conseguia recursos para comprar, decidiu alugar um veículo nas mesmas condições:
- Desde 2002, com a morte do Celso Daniel (prefeito petista de Santo André), a Polícia Federal me recomendou a andar em carro blindado - contou.
Indagado mais tarde sobre com que recursos estaria vivendo, já que foi afastado do PT (onde ganhava, segundo o próprio, cerca de R$ 13 mil) e perdeu o salário que tinha como funcionário do governo de Goiás, Delúbio disse que está usando dinheiro de aplicações feitas anteriormente. E que pretende arrumar um emprego assim que cumprir suas obrigações com as investigações sobre o caso.