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 | Jonathan Campos / Gazeta do Povo
| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo
  • Desfile de 7 de setembro em Curitiba

Em paralelo a um protesto impedido de chegar ao Centro Cívico, o tradicional desfile de 7 de Setembro ocorreu sem transtornos na capital paranaense. Neste ano, segundo estimativas da Polícia Militar, 5 mil pessoas participaram do ato oficial - um terço do que o registrado nas comemorações do ano passado, quando 15 mil pessoas prestigiaram o evento. O desfile começou por volta das 9h30, na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico. As autoridades presentes – dentre as quais estavam o governador do estado Beto Richa (PSDB) e o prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) – chegaram próximo ao horário de início do evento e não realizaram discursos prolongados.

Destacando a importância das comemorações, o governador disse que "o sete de setembro é uma data histórica em que comemoramos o amor que temos pelo nosso país".

A respeito das manifestações que ocorrem em diversas cidades do país neste sábado, inclusive em Curitiba, Richa defendeu a existência dos protestos sem violência. "É compreensível que haja manifestações pacíficas. Há um acúmulo de insatisfações. É uma panela de pressão que explodiu", declarou.

O prefeito de Curitiba também tocou no assunto. Segundo ele, os protestos são importantes porque têm trazido bons resultados para o país. Fruet destacou o caso dos cicloativistas em Curitiba, que conseguiram colocar na pauta da administração municipal a questão do desenvolvimento nas ciclovias na capital. "É importante renovar essa tradição [comemoração da independência do Brasi] e entender que é também um momento de manifestação", disse.

Segundo a assessoria de imprensa do governo do estado, aproximadamente 1,9 civil participaram do primeiro ato da comemoração. A Polícia Militar informou que foram 2.050 civis. Os militares, que deram início à segundo etapa do desfile, entraram na avenida por volta das 10h25. Segundo a PM, 35 veículos e 1,8 mil militares participam dessa segunda parte.

Os policiais civis entraram na Cândido de Abreu com bandeiras pretas sobre as viaturas. A atitude foi para demonstrar luto pela morte do superintendente da Delegacia de Campo Largo, Marcos Antônio Gogola, assassinado na última quinta-feira (5) enquanto escoltava um preso até um consultório odontológico.

O público em geral notou a quantidade reduzida de pessoas que esteve presente no Centro Cívico para ver o desfile. "Está bem mais fraco do que nos outros anos. Acho que o pessoal ficou com medo dos protestos", disse a atendente Thatiane Mocelin Soares. Apesar de tudo, para ela o evento foi "bonito e divertido".

O desfile oficial acabou por volta das 11h45. Depois disso, os manifestantes que planejavam um protesto para durante do ato - mas que foram impedidos pela PM – começaram a caminhar pela avenida, com gritos de ordem, mas sem tumulto.

Segurança Pública

A situação da segurança pública do estado também teve espaço no palanque das autoridades presentes no desfile do Dia da Independência em Curitiba.

O promotor Cid Vasques, que ocupa o cargo de secretário de Segurança Pública do Paraná (Sesp), criticou o pedido feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do estado (MP), para revogar a licença que permite ao promotor ocupar a função na Sesp.

"Estamos diante de um paradoxo. Policial do Gaeco não pode não pode ser substituído, mas o secretário pode", disse.

Richa, por sua vez, ressaltou que não tem intenção de acatar a ideia do MP. "Nunca passou pela minha cabeça trocar o secretário de segurança pública. Ele tem demonstrado liderança e comando das forças policias e trem trazido bons resultados para o Paraná".

Veja as fotos do desfile

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