• Carregando...

A desigualdade nas taxas de analfabetismo diminuiu entre os sexos, o que não aconteceu quando a comparação tomou por base raça ou região do país. A constatação é do Sistema Nacional de Informações de Gênero, divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo tem por base os dados dos censos de 1991 e 2000.

Em 1991, a taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais era de 19,4%, sendo maior na população feminina, situação que prevaleceu durante décadas. Já o Censo de 2000 mostrou uma mudança nesse quadro com queda e equiparação nas taxas entre homens e mulheres, em 13%.

Nesse mesmo período, entretanto, as desigualdades de cor não foram reduzidas, permanecendo em mais que o dobro a taxa de analfabetismo entre mulheres negras e pardas (18,5%), que entre mulheres brancas (8,6%).

Apesar da redução do analfabetismo nas últimas décadas, as desigualdades regionais ainda permanecem intensas, segundo o IBGE. No Nordeste, cerca de um terço da população adulta de 25 anos ou mais é analfabeta. Na área rural desta região, a taxa chega a atingir mais da metade da população (51%).

As mulheres que vivem no meio rural dos estados da Bahia, Sergipe, Piauí, Pernambuco, Alagoas e Acre não estariam em situação diferente. De acordo com o instituto, as taxas de analfabetismo nesses estados ficam entre 48% e 56,8% da população feminina.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]