
A confirmação da candidatura do deputado federal Ratinho Júnior (PSC) à prefeitura de Curitiba é o principal questionamento político da cidade. De acordo com as fontes ouvidas pela Gazeta do Povo, apesar da disposição dele em concorrer, há grandes chances de ele retirar seu nome da disputa. Entre os três principais nomes na disputa, Ratinho tem o maior índice de rejeição. Mas, se ele decidir apoiar Luciano Ducci (PSB) ou Gustavo Fruet (PDT) ainda no primeiro turno, o rumo da eleição mudará.
"A eleição está centrada nos três nomes. Resta saber: Ratinho será mesmo candidato?", questiona o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo. Para o cientista político Luiz Domingos Costa, da Uninter, é muito provável que o deputado federal recue. "Ele não tem um grande grupo dando suporte. Não tem apoio direto na prefeitura, no governo estadual ou federal. Mas tem a possibilidade de negociar com os dois lados a indicação de um vice ou a participação no futuro secretariado", afirma Costa.
Segundo o levantamento da Paraná Pesquisas, 15,3% dos eleitores curitibanos não votariam em Ratinho Júnior de jeito nenhum. O porcentual é bem mais alto do que o de seus principais concorrentes. Luciano Ducci tem índice de rejeição de 9,9%, e Gustavo Fruet, de 5,1%.
"Nessa parte Fruet tem uma vantagem, pois é difícil o eleitor mudar de lado se rejeita um candidato", avalia Costa. Para ele, a rejeição de Ducci pode sofrer alteração, dependendo do desempenho dele em debates, coisa da qual ainda não participou, ao contrário de Fruet.
O professor destaca também a alta rejeição do ex-prefeito Rafael Greca (PMDB) e do deputado federal Angelo Vanhoni (PT), que já concorreu à prefeitura. "O eleitor está provocando uma mudança radical na política. Basta ver as mudanças dos anos 90 para cá. Isso mostra que o eleitor reconduz os políticos ao poder até um certo ponto."
No caso de Vanhoni, Costa diz que a rejeição alta não condiz com o papel que ele conquistou em 2004, quando teve uma disputa acirrada com Beto Richa no segundo turno pela prefeitura. Os outros potenciais candidatos do PT ao governo, Tadeu Veneri e Dr. Rosinha, não tiveram a rejeição avaliada.
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